CRISTO OU BARRABÁS
  

Mateus 27:15-25

Estamos a pouco tempo do mundo cristão comemorar  a Páscoa.
Como sabemos a Páscoa é a altura do ano em que mais é falado e lembrado que Jesus foi crucificado e morreu.

Quase todos, ou porque viram filmes da vida de Jesus, ou porque ouviram sermões nas igrejas, conhecem alguma coisa sobre Jesus, mas o que as pessoas mais são capazes de lembrar, são as coisas que se passaram nesta última semana de vida do Senhor Jesus antes de ter sido crucificado.

Um dos episódios bem conhecidos, foi o desta proposta feita por Pilatos ao povo.

Pilatos pegando numa tradição muito habitual na época da Páscoa naqueles tempos, que era  a de soltar um preso como demonstração de boa vontade, bondade e humanidade da parte dos governantes, e como não vira culpa alguma em Jesus   e   querendo   livrá-lo  de   ser   condenado,
Pilatos recorre a esta tradição propondo que Jesus fosse solto, e por certo  premeditadamente, pensando dar alguma vantagem a Jesus, ele dá-lhes a escolher entre Jesus e Barrabás, um dos presos mais conhecidos de todos e concerteza pouco  popular.

Pilatos então lhes disse: “Quem quereis que vos solte,  Jesus  ou Barrabás?”

Para surpresa de Pilatos, o povo respondeu sem hesitação: “solta Barrabás, e a esse Jesus crucifica-o”

De um lado um homem mau e sanguinário, conhecido pelos seus actos de malvadez. De outro, um homem bom, que andou percorrendo cidades e aldeias fazendo o bem, curando e ajudando a muitos.

Porque razão fizeram uma tal escolha, escolhendo Barrabás?

Barrabás estava preso para além de outros motivos, por estar ligado e ter participado em motins de insurreição contra os invasores Romanos.      
Então uma das razões  desta preferência por Barrabás, era a de que para eles, Barrabás representava alguém que com alguma probabilidade os poderia livrar da opressão dos Romanos.

Ou seja, eles raciocinaram e escolheram pensando em qual deles lhes traria em primeiro lugar, benefícios físicos e terrenos.

Jesus representava o inverso. Representava os benefícios eternos e espirituais e a libertação para as suas almas.

Mas para eles o mais importante eram as coisas desta vida, as questões humanas, da terra, do corpo, da politica, dos negócios…

Nos dias de hoje, a maioria dos homens continuam fazendo a sua escolha, seguindo este mesmo raciocínio.

Entre o escolher a Jesus que os pode salvar e livrar do inferno e de uma vida de infelicidade, por estarem oprimidos e escravizados pelo pecado, eles escolhem antes, aquilo que lhes traga beneficio terreno e material.
Jesus com Suas palavras incomodou a muitos, principalmente a classe dos religiosos, e eles como tinham grande influencia sobre o povo, incitaram-nos a pedir que Barrabás fosse solto, e Jesus crucificado.

Hoje em dia também existem muitos a trocarem Jesus por causa de alguns religiosos.

Alguns religiosos deste mundo apresentam às pessoas um Jesus deturpado, torcendo suas palavras, e então, muitos há que se voltam para outros e rejeitam Jesus.

Essas pessoas recorrem a muitos outros, em vez de escolherem Jesus, o único que lhes poderá dar solução à sua maior necessidade, a salvação das suas almas.

Como é triste vermos isto acontecer, e mais triste é vermos que é por causa daqueles que deveriam saber e dizerem ao povo que escolhessem Jesus e somente Jesus.

Cada escolha tem sua consequência.

Não existe escolha, seja boa ou má, que não tenha sua consequência.

Daqueles que escolheram Barrabás, muitos  foram enganados, mas isto não os desculpa, pois todos conheciam bem Jesus e os seus feitos.

Outros porém, como os religiosos e principais do povo, fizeram isto conscientemente, e outros, como no caso de Pilatos quiseram perante tudo isto ficar neutros.

Há muito quem neste mundo queira ficar neutro acerca de Jesus. Com Jesus ninguém pode ficar indiferente; ou se quer ou se rejeita. Ele mesmo o disse: “quem não é por mim, é contra mim”

Existem muitos seguidores de Pilatos ainda hoje, mas estes com a sua cómoda “neutralidade” acabam por rejeitar Jesus, tornando-se culpados do seu sangue.

Se algum de vós tem procurado ser neutral a respeito de Jesus, saiba que  acerca das coisas de Deus não é  possível uma terceira via.
Ou somos a favor ou contra. Não se pode conhecer Jesus e ficar indiferente. Uma de duas atitudes terá de ser tomada.

Lavar as mãos, representa um acto de covardia e medo e significa rejeitar Jesus. Desde logo, escolher outro alguém ou outras coisa que no imediato mais convém.

Vemos no caso de Pilatos e sua mulher, que eles tiveram uma grande luta interior, com problemas de consciência bem grandes, pois na verdade eles até sabiam que estavam fazendo o que estava errado.

Para eles isto já fazia parte das consequências imediatas, mas convém não esquecermos de outras consequências que virão mais tarde.

Neste caso e por causa desta rejeição, 40 anos mais tarde como Jesus tinha predito, Jerusalém pagou a sua má escolha com a vida de milhares de pessoas, que tendo sido cercadas por vários meses, tendo muitos morrido de fome, e outros para não morrerem, chegaram a comer seus próprios filhos.

Tendo os restantes sido dispersos e outros levados cativos, Jerusalém foi destruída e ficado deserta.
E passados estes 2000 anos ainda continuam sofrendo as consequências da má escolha que seus pais fizeram.

Mas ainda a pior que todas estas consequências estará para vir, sendo a da sua condenação eterna.

Sim, porque rejeitar Jesus não terá apenas consequências para esta vida, mas para além das possíveis consequências já neste mundo, haverá uma que será a mais terrível, que é a de passar toda a eternidade longe de Deus, vivendo em terrível sofrimento num lugar chamado inferno.

Hoje quem é Barrabás?

Esta pergunta deverá fazer-nos reflectir, não só a quem tem rejeitado Jesus, mesmo dizendo-se neutrais, mas também aos que pensam que já fizeram a sua escolha por Jesus, mas que no seu dia a dia, o que na prática se vê é que eles constantemente colocam Jesus de parte e seguem após Barrabás

O mundo de à 2000 anos para cá tem mudado muito, mas os anseios do coração humano não se alteraram em nada.

Os valores deste mundo continuam a assentar em primeiro lugar nas soluções humanas.

As pessoas esperam que tudo tem solução de forma humana, até mesmo a respeito dos problemas espirituais, como p. ex. sobre a salvação da sua alma, eles pensam que encontrarão um jeito de solucionar.

O homem então rejeita Deus, pensando que depois isso se irá solucionar e resolver da melhor forma.

Então ele faz boas obras, paga e faz o que lhe disserem ser necessário. Tudo ele faz para que em meio a tudo isso, algo sirva para solucionar qualquer eventual problema com Deus de última hora.

Todas estas coisas significam escolher Barrabás e rejeitar Jesus.

Para os judeus, esta foi uma escolha séria e importante. Eles tiveram de fazer a sua escolha.

E tu?  Também terás de fazer a tua.

Vais escolher Jesus ou Barrabás?

Pensa seriamente sobre a escolha que farás, pois dessa escolha colherás uma destas consequências.

1 – Se escolheres Jesus, terás a vida que não terá fim, sabendo que saindo deste mundo terás de imediato um lugar no céu junto com Ele. Num lugar onde não há tristeza nem sofrimento, mas somente gozo e alegria permanente.

2 – Rejeitando Jesus (ficar indiferente também é rejeitar, repito), irás ter o inverso daquilo que Jesus te daria; tristeza, choro, sofrimento e isto será também para sempre.

Escolhe o melhor, e o melhor é Jesus.

Que Deus te abençoe. Amén.

Carlos A. Oliveira, Abril 2006