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MATURIDADE ESPIRITUAL PDF Imprimir e-mail

 

O QUE É E COMO É?

Por vezes associamos maturidade com o atingir de determinada idade ou pela passagem de certas experiências ou eventos.

Normalmente em certos casos até deveria ser assim, mas de facto não é isso que define quem já atingiu a maturidade ou não.

A maturidade passa principalmente por uma mudança na personalidade e no comportamento.

Alguém definiu maturidade desta forma que vou transcrever.

Maturidade

Maturidade é a habilidade de controlar a ira e resolver as discrepâncias sem violência ou destruição.

Maturidade é paciência; e a vontade de deixar para depois o prazer imediato em favor de um benefício a longo prazo.

Maturidade é perseverança; é a habilidade de levar um projecto ou uma situação adiante, apesar de forte oposição e retrocessos decepcionantes.

Maturidade é a capacidade de encarar desgostos e frustrações e derrotas sem queixa nem abatimento.

Maturidade é humildade; é ser suficientemente grande para dizer me enganei; e, quando está correcta, a pessoa madura não necessita experimentar a satisfação de dizer: "eu avisei-te".

Maturidade é a capacidade de tomar uma decisão e mantê-la; os imaturos passam suas vidas explorando possibilidades, para, no fim, nada fazerem.

Maturidade significa confiabilidade: manter a própria palavra, superar a crise; os imaturos são os mestres da desculpa, são os confusos e desorganizados; suas vidas são uma mistura de promessas quebradas, amigos perdidos, negócios sem terminar e boas intenções que nunca se convertem em realidade.

Maturidade é a arte de viver em paz com o que é impossível mudar.

Maturidade está associado a crescimento, especialmente intelectual e psíquico.
Maturidade também se pode considerar quando se atinge determinado grau de capacidades e de autonomia e força para aguentar e enfrentar certas situações mais difíceis ou complicadas.

Maturidade é atingir o completo desenvolvimento.

Tudo neste mundo passa por este processo.
p. ex. Os frutos começam a brotar na primavera, vão crescendo e  no verão começa a fase da maturação até que ficam completamente maduros, prontos para serem colhidos e comidos.

Há formas de melhorar e até apressar a maturidade criando um clima e ambiente mais apropriado.

No caso dos humanos isto  também se aplica. Crianças que convivam com adultos e adultos com boas capacidades, farão que estas crianças se tornem mais maduras e mais cedo.

Espiritualmente falando também é muito importante o papel da igreja e dos crentes mais velhos na fé, para que os mais novos atinjam uma melhor e mais rápida maturidade, dependendo isso também do desejo e interesse da própria pessoa.

Chegar à maturidade significa ser adulto. O propósito e querer de Deus é que os Seus filhos se tornem espiritualmente adultos.

Um adulto como tal tem um comportamento equilibrado e sensato, contrariamente ao de uma criança. Todo o crente deve desejar ser espiritualmente adulto e não qual criança que facilmente muda, indo facilmente atrás de algo sem valor abandonando o que é bom. Inconstante e sem sentido de responsabilidade no que faz e diz.

1 – Certeza da salvação.  (novo nascimento)

Como ter esta certeza? Recebendo o Senhor Jesus pela fé como ensina a Bíblia.

Receber Jesus e o perdão dos pecados, implica crer na Pessoa de Jesus e na obra por Ele realizada na cruz do calvário como única forma de salvação.

Tudo isto representa assumir um compromisso com Jesus.

Este compromisso de entrega de qualquer pessoa a Jesus deverá ser feito de modo completo de todo nosso ser.

Ou seja, nosso intelecto, emoções e vontade.

A relação de alguém convertido a Jesus pode ser ilustrada à realização de um casamento que idealmente deve conter estas mesmas componentes.
Ex. um homem poderá estar intelectualmente convencido de que sua noiva é a ideal para si. Também pode emocionalmente, amá-la do fundo do coração, mas para que exista casamento é necessário mais que intelecto e sentimentos, envolve ainda a vontade.

Só quando chega o momento dos dois num acto de vontade se entregarem um ao outro dizendo a palavra “sim” eles se tornam marido e esposa.

Não basta acreditar intelectualmente em Jesus, nem sequer ter uma experiência emocional com ele. Embora sejam ambas muito válidas, ninguém pode ser salvo sem haver um acto de vontade de voluntariamente aceitar o Senhorio de Jesus.

1 - Compromisso intelectual.

Examinemos cada um dos três elementos do compromisso com Jesus.

Intelecto.

Crer em Jesus não representa um acto de fé cega como no caso de certas religiões.

Jesus existe.  Viveu aqui na terra à 2000 anos. É um facto histórico comprovado por muitos documentos, além da Bíblia.

Existem muito mais provas acerca da existência de Jesus, dos Seus ensinamentos, morte e ressurreição que acerca de muito outros personagens históricos como p. ex. Napoleão.

Todos temos o direito e o dever de perguntar antes de aceitar crer em Jesus: Quem é Ele, o que veio fazer à terra?

Quem é Ele ?

Ele mesmo disse ser Deus. João 10:30-33
João disse que Ele é Deus. João 1:1,14
Tomé disse o mesmo. João 20:25-28
Os seus inimigos também. Mt. 27:54
(Filho de Deus = a Deus . João 5:18)

Porque veio? 
Paulo diz que Ele veio por causa de termos pecado e ficarmos destituídos da glória de Deus. Romanos 3:23.

Porque morreu?

Pedro diz-nos que morreu devido ao nosso pecado e para nos levar a Deus. I Pd.3:18

Em Hebreus 9:22 lemos que sem derramamento de sangue não havia perdão de pecados. Por isso foi necessário Jesus vir. Não tendo Ele pecado só o Seu sangue nos poderia dar o perdão do pecado.

Isto é tudo aquilo que precisamos conhecer para crermos em Jesus, precisando para isso do nosso intelecto.
2 – Compromisso emocional.

Emoção é um sentimento ou a reacção perante um acontecimento ou experiência.

Emocionalmente as pessoas são diferentes, é por isso que vemos  como as pessoas tem diferentes formas de reacção emocional perante um mesmo facto ou facto idêntico.

As emoções fazem parte natural da nossa vida. Como temos personalidades diferentes respondemos emocionalmente a Deus de maneiras diferentes. Uns são  mais emotivos, outros mais reservados.

As emoções variam, daí não devermos depender delas. As emoções são importantes e normais, mas os que dependem delas acabam por ter grandes crises de falta de segurança no seus relacionamentos, incluindo com Deus.

Não depender das emoções.

A nossa segurança deve apenas estar baseada na autoridade da palavra de Deus. O crente vive pela fé na fidelidade da palavra de Deus.
Ilustração do comboio de 3 carruagens.

1 – FACTO

Factos são tudo aquilo que encontramos escrito na Bíblia.

Será que um facto muda?  Os factos são imutáveis.

2 – EMOÇÕES

a) As emoções mudam?  Sim
b) O que determina os altos e baixos das nossas emoções?
Circunstâncias…

3 – FÉ

a) Se colocarmos nossa fé nas emoções, como as emoções são determinadas por circunstancias, o que acontece com a nossa fé? Subirá e baixará ao sabor das emoções.

   b) Se por outro lado pusermos  nossa fé  em factos apenas, como  o facto não muda, como será nossa  fé?  Estará sempre firme.

3 – Compromisso da vontade.

Juntamente com nosso intelecto e emoções para nos tornarmos salvos e termos a certeza de o sermos, terá de ser envolvida a nossa própria vontade.

Jesus sempre salientou a importância da vontade do homem na sua salvação afirmando isso com toda a clareza, como p.ex. “Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo” (João 7:17)
De acordo com estas palavras de Jesus, o homem terá de estar disposto a obedecer à verdade, ou nunca a conhecerá.

Quem não quiser  caminhar na luz, nunca verá a luz.

CRESCIMENTO

II Pd. 3:18 / I Cor. 3:6,7
Depois de se nascer espera-se que haja crescimento.

Crescer significa amadurecer. Ao crescimento físico saudável espera-se também seja acompanhado por maturidade.

Para se crescer bem e saudável precisa-se de ar, sol, alimento, exercício, convívio… Também na vida espiritual existem determinados requisitos para que haja crescimento e desenvolvimento.

Cinco princípios para o crescimento espiritual.

1 -  Ler e ouvir a palavra de Deus

A palavra de Deus é o alimento espiritual do ser humano e a forma de obter fé. (Mt. 4:4 Rom. 10:17)

Ninguém pensará poder viver e gozar de boa saúde sem se alimentar convenientemente. Se não o fizermos ficaremos fracos e doentes e depois a morte.
Sem a alimentação espiritual que é pela palavra de Deus os resultados acabarão  sendo os mesmos.

2 – Oração   (I Ts. 1:17)

Orar é falar, (conversar) com Deus.

Orar fortalece a relação com Deus. Quem não ora demonstra não depender de Deus nem ter fé de que Ele ouve e pode resolver as situações em que nós ou os outros precisem de ajuda.
Oração não é apenas pedir, deve servir também para adorarmos e agradecermos.

A oração permite-nos conhecer melhor o nosso Deus na Sua forma de agir, assim como ficamos a conhecer melhor as pessoas conversando com elas, do mesmo modo sucede com Deus.
3 – Comunhão com outros que tem e vivem a mesma fé.

O homem precisa viver convivendo com outros. Isso ajuda no seu desenvolvimento nos mais variados aspectos, incluindo o aspecto espiritual.

Participar em conjunto em cultos de adoração a Deus é muito importante, mesmo essencial ao crescimento espiritual.

Primeiro em relação a Deus e depois no seu relacionamento com a família da fé.

A igreja é instituição divina e não humana, porque Deus conhecia esta nossa necessidade de estarmos reunidos.

Hb. 10:24,25 Estes versos ensinam-nos a não negligenciarmos esta necessidade.

A igreja é o lar do crente e a escola onde podemos aprender e ensinar, onde somos exortados, outras vezes repreendidos, tudo com o fim de nos ajudar a crescer.

Se em vez de nos achegarmos e juntarmos aos crentes, passarmos apenas o nosso tempo  com as coisas e pessoas deste mundo, o resultado será fácil de adivinhar.

Todo aquele que se diz crente terá de sentir este desejo de se juntar e reunir com seus irmãos na fé, porque isso é uma necessidade.

Quando isto não acontece então é de duvidar da fé de tal crente.
4- Testemunhar  (evangelizar)

Aquele que foi salvo tem o dever de contar o que sabe e sente.

Deve ser uma testemunha de Jesus espalhando a Sua mensagem.

O apóstolo Paulo dizia: “ai de mim se não anuncio o evangelho”

É nossa obrigação compartilhar a nossa fé com outros que ainda não conhecem o Senhor Jesus como Salvador.

Não poderemos ficar calados. Foi deste modo que a Igreja cresceu e este evangelho chegou até nós, por isso, cabe-nos fazer de igual modo para que outros também se tornem conhecedores.

Se não quiserem dar ouvidos o problema será deles e não nosso.

5 – Obediência a Deus. (João 14:21
Lc. 6:46)

Depois de seguirmos estes princípios importantes teremos conseguido todas as condições para sermos crentes crescidos e fortes.

Se isto for do nosso conhecimento mas não levado à prática, não terá valor algum e ficaremos sempre “meninos” em Cristo, fracos, indefesos e imaturos, como são os meninos.
Por isso, obediência é essencial e necessidade básica para o crescimento espiritual.

Resumo.  Ler, orar, fazem parte do nosso relacionamento com Deus, em que Ele comunica connosco e nós com Ele.

Comunhão e testemunho fazem parte do nosso relacionamento com as pessoas, crentes e descrentes.
Com os crentes nós nos juntamos para cultuar a Deus, sermos animados e fortalecidos na fé.

Aos descrentes comunicamos a nossa fé e a experiência com Cristo, sobre tudo o que Ele tem feito connosco e também pode fazer com eles, se o aceitarem.

A obediência será em meio a tudo isto o motor do nosso crescimento.

É na medida em que obedecemos que mais experimentamos da alegria, da paz e comunhão com Deus, sendo isto o resultado de maior maturidade espiritual.

EXPERIMENTANDO O AMOR E PERDÃO DE DEUS
João 4:23

Temos estudado acerca de como ter um relacionamento com Deus e de como crescer nesse relacionamento.

Deus não apenas deseja que tenhamos relacionamento com Ele, mas que tenhamos comunhão com Ele.

Existe diferença entre relacionamento e comunhão. Podemos exemplificar isto com o que sucede entre um pai e um filho numa família humana.

Quando alguém nasce numa família, o tal passa a ter laços familiares de sangue com seu pai. Ele transporta em si a vida de seu pai.

Se este filho decidir abandonar seu pai e começar a praticar actos condenáveis será causa de desonra para o pai, mas era que por isto deixa de ser filho de seu pai? Não!

O relacionamento entre filho e pai é permanente, para toda a vida.

Não obstante o seu comportamento, o filho continuará a ter este tipo de relacionamento de ser filho de seu pai.

O mesmo não se poderá dizer a respeito da comunhão, essa sim, pode ser interrompida. O pai por certo ficará ofendido pela conduta de seu filho e a comunhão entre ambos sofrerá graves danos.

Assim é entre Deus e Seus filhos. Após a conversão ao Senhor Jesus ficamos a ser filhos de Deus e este relacionamento é permanente.

No entanto, ao pecarmos contra Deus (todo o pecado é contra Deus  em primeiro lugar) e recusarmos admitir o nosso pecado não o confessando, a nossa comunhão irá ser quebrada.

Essa comunhão só será restabelecida por meio da confissão do pecado pedindo perdão para o mesmo.

O problema do pecado.  Rom. 14:23

Segundo o apóstolo Paulo, pecado é simplesmente tudo o que não é de fé.

Não é apenas mentir, roubar, cometer actos imorais ou tudo que é condenado pela sociedade  que é pecado.

Na Bíblia a palavra “fé” significa “confiar” ou “depender de”.

Quando na nossa vida deixamos de confiar e depender de Deus isso significa que estamos a pecar.

O crente todos os dias enfrenta lutas e tentações, quanto menos confiar e depender de Deus mais pecará, mesmo que não cometa os tais actos que mais habitualmente  identificamos como sendo pecado.

Então, para que a nossa comunhão com Deus se mantenha constante é preciso evitarmos o pecado em nossa vida e quando pecarmos devemos rapidamente confessar o nosso pecado. (I João 1:9)
Poder sobre o pecado. Rom. 6:1-18

Cristo não apenas morreu pelo nosso pecado e o perdoou, como também morreu para nos libertar do poder do pecado sobre nós.

Nesta passagem de Romanos 6 vemos o que aconteceu à nossa velha natureza quando nos convertemos.

Cristo ao morrer e ressuscitar venceu a morte e o pecado. Ao nos convertermos morremos e ressuscitamos com Ele e a Sua vitória é nossa também.

Na sua morte e ressurreição, além da vitória sobre a morte e o pecado, Cristo também feriu mortalmente a nossa velha natureza, para que vivamos tendo domínio sobre ela e não ela sobre nós.

É por isso que nos é dito que consideremos morta a nossa velha natureza, não devendo por isso permitir que o pecado tenha domínio sobre nós.

É por isso que precisamos como diz Paulo: “morrer com Cristo todos os dias.” (I Cor. 15:31)

Todos os dias ao sermos tentados a ceder perante os desejos da nossa velha natureza para que pequemos, temos que fazer a escolha; obedecer à nossa velha natureza ou a Deus.

Esta força não vem de nós mesmos, mas só quando confiamos na provisão que Deus nos prometeu dar na hora da tentação.  (I Cor. 10:13)

Estando em boa comunhão com Deus como nos é prometido neste verso, Deus nos dará o escape. Ou seja, a força para resistirmos.

Confissão.  I João 2:1

A palavra confissão significa “concordar com”. Quando Deus diz que algo é pecado devemos concordar com Ele e isso se faz confessando.

Isso deve ser feito com o nosso coração e confirmado com a nossa boca (Rm. 10:9), dizendo a Deus: pequei, perdoa e ajuda-me a deixar o pecado.

A confissão do nosso pecado permite que o amor e o perdão de Deus inunde a nossa vida. Deus não poderá encher-nos do Seu amor e perdão sendo nós vasos sujos, terá que para isso, primeiro nos limpar.

Muito menos nos pode dar poder para vivermos uma vida abundante se não confessarmos os nossos pecados.

Salmos 32:1,2,5 Aqui se vê a experiência de Davi depois de reconhecer e confessar o seu pecado.

Experimentando o poder de Deus.
Fp. 4:13

Para que experimentemos o poder de Deus em nossa vida, teremos de reconhecer primeiramente que é apenas pelo Seu poder, sabedoria, força e capacidade que seremos capacitados para viver uma vida vitoriosa.
Nada que julguemos possuir seja de que espécie for servirá para contribuir no que quer que seja. Só Deus pode realizar esta obra em nós.

Se dermos lugar ao nosso ego fracassaremos, pois basta este pecado para impedir que o poder de Deus se manifeste em nós.

Como já foi dito, é necessário estar  em boa comunhão com Deus sempre.

Essa comunhão resulta de uma confissão constante dos nossos pecados (havendo pecado por confessar a comunhão está quebrada).

A confissão não é feita cada 24 horas, uma vez por semana para que se possa estar pronto a tomar dos símbolos da Ceia, ou se nem participamos da Ceia nem nos lembramos disso.

Confissão pode e deve ser feita constantemente. Logo tenhamos pecado, para que não fiquemos horas ou dias, se calhar, anos, com falta de comunhão com Deus, devemos de imediato confessar esse pecado.

Este é o processo que devemos seguir e que deve ser tão natural para nós como respirar.

Ao expirarmos estamos livrando-nos do ar impuro do nosso organismo, para voltarmos a inspirar o ar limpo que precisamos para viver com saúde.

Espiritualmente é quando confessamos a Deus o nosso pecado que nos livramos dele e que nos tornava impuros.

Assim, ao confessar permitimos que Deus  limpe o nosso coração e nos transforme.

COMO SER CHEIO DO ESPIRITO SANTO

Efésios 5:18

A Bíblia, em particular o NT fala acerca de enchimento do Espírito como algo que o crente necessita.

Uma vida cristã poderosa e vitoriosa só será possível quando o Espírito Santo tem domínio na vida do crente. Ou seja, se estamos cheios do Espírito.

Lemos no NT que quando alguém estava cheio do Espírito, possuía capacidade para enfrentar todas as dificuldades, incluindo a própria morte, sem algum medo.

Eles testemunhavam de Jesus ousadamente diante de quem quer que fosse, quer de reis e presidentes, além de viverem vidas santas e frutíferas para Deus.

Mas para que sejamos cheios do Espírito precisamos conhecer minimamente o que é e quem é o Espírito Santo, pois infelizmente muitos, embora até salvos, podem não saber qual a função desta Pessoa que faz parte da Trindade Divina.

1 -  Quem é o Espírito Santo?  
      Actos 5:3,4

Conforme as palavras do apóstolo Pedro, o E.S. é Deus e consequentemente uma Pessoa igual a Deus, pois Ananias e Safira mentindo ao E.S. mentiram a Deus, e só é possível mentirmos a uma pessoa.

João 14:16,17
Conforme Jesus disse, o E.S. é o Consolador ou Ajudador que o iria substituir depois da Sua partida para o céu.

No v. 16 Jesus disse aos discípulos que rogaria ao Pai e Ele iria enviar OUTRO Consolador.

No original grego existem duas palavras para “outro”  que é “allos”, que significa do mesmo género (igual).

Ou a palavra “heteros” que significa outro diferente, de diferença qualitativa.

Jesus quando fez esta promessa para os discípulos disse-lhes que o Pai lhes iria dar outro (“allos”), igual a Ele que seria o E.S.

Portanto, o E.S. não é simplesmente uma força activa de Deus como alguns ensinam, mas uma Pessoa que faz parte da Trindade Divina, igual às outras duas, o Pai e o Filho.

2 -  Porque veio o Espírito Santo?
      João 3.5
Primeiramente é pelo E.S. que se dá a regeneração (novo nascimento) dos que crêem em Cristo Jesus.

O novo nascimento é obra do Espírito Santo. Ele é quem convence o pecador do seu pecado e da necessidade de salvação. (16:8)

João 16:13 Depois de salvos é Ele quem nos guia na verdade. Não a verdade relativa a este mundo, mas das coisas espirituais, que dizem respeito à vida eterna.

João 16:14 / Tito 3:5

Jesus na Sua vinda glorificou o Pai, principalmente por meio da Sua obediência, sendo obediente a ponto de dar Sua vida na cruz.

O E.S. veio para glorificar a Jesus e nos fazer compreender o verdadeiro significado da Sua Pessoa e obra, comunicando-nos tudo aquilo que vem de, ou por Jesus.
Que significa ser cheio do Espírito Santo?

A palavra “cheio” significa ser “dirigido ou dominado”.

Para que o crente viva em plena consagração a Deus e a Cristo, permanecendo na Sua vontade, só o irá conseguir dominado e guiado pelo E.S.

Assim como o embriagado se encontra cheio de vinho, agindo não por si mas sob a influencia do álcool, assim será aquele que estiver cheio do Espírito, que não viverá a sua vida por si mesmo, mas dirigido e controlado pelo Espírito.

Qual a razão de muitos nãos estarem cheios do E.S.?

I Cor. 2:12 / 3:3

1º - O descrente porque ainda não possui o E.S. muito menos se poderá encher dele (2:14).
O descrente encontra-se no estado natural, que é o de espiritualmente morto, sem esta vida que é dada pelo Espírito. (Ef. 2)

2º  - A razão porque alguns apesar de crentes não se encontram cheios do Espírito é porque como diz Paulo em I Cor. 3: 1-3 ainda são carnais.

O crente que ainda não tem Cristo como centro da sua vida, em que Cristo não está no trono reinando, tendo o domínio dos seus passos, mas que confia em si mesmo e nos seus esforços para viver a vida cristã, falhará e não conseguirá fazer a vontade de Deus, porque essa só é conseguida pela força do Espírito e não da nossa carne.

A única solução para este problema é seguir o que Paulo diz aos Gálatas 5:16,17 (“andai em Espírito e não cumprireis os desejos da carne…”)

Como ser cheio do Espírito?

Esta é a pergunta essencial e que devemos conhecer a resposta para podermos em verdade obedecer à ordem que a palavra de Deus nos dá.

Colossenses 2:6

Como nos diz o verso, aqueles que um dia receberam a Cristo devem daí par a frente permanecer nele. ( o que por vezes não acontece com alguns que dizem ter recebido Jesus)

Segundo a ordem de Ef. 5:18 “enchei-vos do Espírito” entende-se que essa não é uma experiência única e definitiva.

Haverá durante a nossa vida momentos em que precisamos e em que seremos cheios por Ele.

O significado de enchei-vos, é o de devermos buscar contínua e constantemente estar cheios do Espírito, sendo por Ele guiados como uma maneira natural de viver.

Assim como precisamos de comer, oxigénio, e de respirar para vivermos, assim devemos procurar estar cheios do Espírito de uma forma natural e voluntária, sem algum esforço, mas assim como não é necessário esforço para  se viver fisicamente sendo um acto natural, assim deve ser para o crente viver andando cheio do Espírito.

COMO SER CHEIO DO ESPIRITO SANTO?

O enchimento do E.S. é uma ordem dada pela palavra de Deus. Não se trata de uma escolha opcional, mas algo que deve fazer parte do desejo de cada crente.

Todos nós temos necessidades espirituais, as quais só o E.S. pode satisfazer, com a condição de estarmos cheios dEle mesmo.

Enchimento do E.S. é diferente de baptismo no E.S.

Baptismo  no E.S. dá-se uma vez quando uma alma se converte.

Com os apóstolos em Pentecostes de Actos 2 foi diferente por ter sido a primeira vez em que o E.S. veio, segundo a promessa feita pelo Senhor Jesus.

Em Pentecostes eles foram baptizados eles receberam o baptismo do E.S., mas depois disso só lemos que eles foram (eram) cheios do E.S.

Enchimento do Espírito segundo Ef. 5:18 está no progressivo. Poderíamos traduzir desta forma: “ ide-vos enchendo…”

Quer nos dizer que será um acto constante e repetível, que depende do próprio crente, enquanto que baptismo do Espírito não se repete, nem precisará ser mantido pelo crente, porque não depende dele mas do próprio Espírito.

Crente cheio do Espírito é o contrário de crente carnal (I Cor. 2:14,15). É o crente que se abstém das coisas carnais e busca as espirituais.

O enchimento do E.S. não se obtém por meio ou seguindo certas regras ou rituais complicados ou muito bem elaborados.

Não como quem estuda e faz um curso em que depois de um exame final passa com distinção, recebendo por isso um diploma que o declara capacitado a exercer este ou aquele trabalho e ofício.

Primeiramente isso depende do desejo sincero que se tem em ser controlado e dirigido pelo Espírito. João 7:37-39

 Segundo, a principal forma de se obter algo de Deus é pedindo, pois Ele promete que tudo que lhe pedirmos, Ele nos concederá. I João 5:14,15.

Qual o propósito de sermos cheios do E.S.?

As ordens que Deus dá não são simples caprichos Seus, mas que tem um propósito e objectivo.

1 – Serve em primeiro lugar para glorificar a Deus. Não para que nos auto-glorifiquemos a nós mesmos, pensando sermos diferentes e mais especiais que os outros.

A principal missão do E.S. é a de glorificar a Cristo. João 16:14.

Um crente cheio do Espírito terá de necessariamente fazer o mesmo, e não glorificar-se a si mesmo. (v. ex. neg. de Simão Act. 8:14-25)

2 – Receber poder para a nossa santificação.

Quanto mais cheios do E.S. estivermos, mais sensíveis seremos perante o pecado, afastando-nos dele, pois que o pecado entristece o Espírito. (Ef. 4:30)

Enchimento, boa conduta e boa reputação, encontram-se sempre juntos. Actos 6:3,5

3 – Capacita-nos com poder para o serviço de Deus.

Os relatos de Actos mostram-nos claramente que a cada ocasião em que havia enchimento do E. S. os apóstolos  se tornavam mais audazes e corajosos em testemunhar e trabalhar para o Senhor. (2:14 / 4:31 / 8 )

Que fazer para continuar sendo cheio?

Ef. 5:18-21

Depois de ordenar aos Efésios a se encherem do E.S., Paulo continua a escrever, explicando como isso se faz.

v. 19 – Conversar sobre a palavra de Deus.

Ef. 4:29-31 Conversas fúteis, não edificam, regra geral destroem a espiritualidade, e que resulta nos entristecimento do E. em nós

v. 19 – Cantando louvores.

Não só  nos cultos da igreja quando nos encontramos reunidos podemos e devemos cantar louvores ao Senhor.

Também estando sós e não tendo para com quem conversar das coisas de Deus, uma boa coisa que podemos fazer e agrada a Deus e nos enche do E.S. é cantar para louvar a Deus.
v. 20 – Dando graças (por/ em tudo)

Normalmente só costumamos agradecer coisas boas e agradáveis, mas a Bíblia nos ensina que nós não sabemos o que realmente é o melhor, mas que só Deus sabe todas as coisas.

Até nas coisas menos boas ou más, deveremos olhar para isso com os olhos de Deus, lembrando-nos que tudo sucede com a permissão de Deus, e como se lê em Rom. 8:28 “Deus faz com que todas as coisas cooperem para o bem dos que o amam”

Isto é, mesmo nas coisas negativas para nós, Deus pode fazer com que nos tragam beneficio.

v.21 – Submissão

Embora possa parecer sinal de fraqueza nossa e vista pelos homens como negativa, a Bíblia ensina-nos a sermos sujeitos uns aos outros e a considerarmos os demais superiores a nós mesmos.

A nossa submissão no temor de Cristo como diz o versículo, vai trazer-nos benefícios.

No temor de Cristo, significa que essa submissão vai apenas até onde isso não signifique insubmissão para com Cristo.

Paulo a seguir especifica melhor o género de submissão em questão. Esposas para com maridos, (5:22) filhos para com os pais (6:1), empregados a patrões…
 
Como também lemos em outras cartas: para com as autoridades do país, ou na igreja, etc.

PREPARADO PARA O CONFLITO ESPIRITUAL.

Crente maduro e cheio do E. S. deve estar preparado para as batalhas que inevitavelmente irá travar.

Nas Escrituras o crente é comparado ao soldado que para além de dever ser corajoso, também deverá saber enfrentar o inimigo, e para isso precisará e deverá ter preparação e armas para o poder enfrentar.

OS INIMIGOS.
 
Alguns crentes durante as batalhas caem, porque por vezes desconhecem como actua o inimigo, ou até porventura nem sabem quem é  e onde está o seu inimigo.

Alguns pensarão que apenas o diabo é o seu inimigo e depois aparecem outros que de surpresa o atacam e o derrotam.

 – No mínimo o crente tem 3 fortes e poderosos inimigos.

1- O Mundo. 2 – A Carne. 3 – Satanás. (o mais forte)

Os 3 estão continuamente em guerra com o crente.

O MUNDO. ( O que é o mundo?)

I João 2:15-17  No sentido desta passagem, o mundo não são as coisas que Deus criou e que fazem parte deste planeta, mas é tudo aquilo que o homem tem inventado para prazer da sua concupiscência carnal e que por isso envolve pecado contra Deus e seu próprio corpo.

Como se defender do mundo? 

(Cl. 3:1,2)  Pensar nas coisas celestiais.

Alguns por vezes desculpam seu fracasso dizendo que o mundo é muito forte e que não podem resistir-lhe.
Essa ideia não vai resolver nada. Assim como o mundo usa os seus meios para nos atacar , nós teremos de o combater lutando contra ele, e não nos resignarmo-nos, como se o crente nada pudesse fazer.

Em I João  4:4 diz: “que mais forte é o que está em nós que o que está no mundo”.  Em 5:4 diz mais: “ todo aquele que nasceu de novo vence o mundo, e essa vitória é pela fé”.

Por isso o crente tem todas as possibilidades de vencer o mundo, assim ele o queira verdadeiramente.

Uma das formas mais comuns  com que o mundo procura desviar o crente e enfraquece-lo é invadindo e ocupando a sua mente.

Por isso há que proteger a nossa mente, ocupando-a e preenchendo-a com as coisas espirituais.

Existem também as formas que o Senhor Jesus usou e que devemos seguir como exemplo.

Se diante de determinada situação nos lembrarmos de como Jesus fez, certamente se sairemos vitoriosos sobre o mundo. Ele mesmo disse: no mundo tereis aflições e provações, mas tende animo, eu venci o mundo.

2 – A CARNE.

Alguém quando é salvo, até aí tinha uma natureza apenas, mas daí em diante passa a possuir duas. A que já tinha, (a velha) e uma nova.

A velha que herdou de seus pais, que é carnal e inclinada para o pecado.

A nova, ele a recebe ao se converter. Essa é de Deus, espiritual e inclinada para a santidade.

Por isso, o crente vive debatendo-se como quem se encontra num campo de batalha.
O crente de verdade terá de viver esta experiência, semelhante á do apóstolo Paulo e que ele descreve em Rom. 7:18-25, ou então o tal nunca nasceu de novo.

Apesar de salvos a velha natureza permanece inalterável. Compete agora ao crente, por meio da sua nova natureza subjugar e vencer a sua velha natureza.

Isso só se consegue vivendo sob o controle do E.S. (Rm. 6:6,11)

3- SATANÁS.

I Pd. 5:8 Se queremos  ter a melhor figura sobre satanás, lembremo-nos deste verso.

Imaginemos isto como se estivesse a passar-se na vida real, e assim podemos ter a melhor ideia do que se passa na vida espiritual, e como satanás realmente é.

Muitos menosprezam este inimigo como se ele não seja lá muito perigoso. Deus a respeito dos crentes tem colocado limites a satanás, mas se formos negligentes e eventualmente Satanás vier a ter  a oportunidade de deitar as suas garras em alguém, podemos bem imaginar por esta passagem de Pedro o que poderá acontecer ao tal.

Como nos podemos defender de Satanás?

Satanás é um ser espiritual, por isso as nossas armas para nos defendermos e o atacarmos, terão também de ser espirituais.

Será impensável que qualquer soldado vá para uma guerra sem tomar a mínima precaução com a sua defesa pessoal.
O soldado  terá de cuidar de proteger principalmente os locais mais frágeis e vitais do seu corpo.

A Bíblia diz-nos que o mundo para o crente é um campo de batalha.

Para além de outros conflitos neste mundo, existe uma guerra que é espiritual.

Se de repente uma manhã nos levantássemos e nos encontrássemos em meio de um campo de batalha, com disparos de metralhadoras, bombas caindo ao redor, como reagiríamos?

Faríamos uma vida normal como nada estivesse acontecendo, ou tomaríamos alguns cuidados e precauções quanto à nossa sobrevivência e de nossa família?

Embora muitas vezes não nos possa parecer existir uma guerra ao nosso redor, isso não significa que ela não exista.

Muitas vezes precisamos é de acordar para poder ver e sentir que essa guerra existe e é real.  

No tempo em que Paulo escreveu estas palavras, as guerras realizavam-se por confronto dos soldados numa luta corpo a corpo com o inimigo.

No que respeita à guerra espiritual, apesar da evolução que se deu no mundo, hoje ainda essa guerra continua a ser uma luta pessoal e corpo a corpo com o inimigo.

Um soldado para que seja um bom guerreiro necessita possuir boa condição física e ser saudável, para que seja capaz de aguentar e suportar os golpes do inimigo e a dureza da guerra.

Por vezes o crente poderá pensar que para fazer frente a Satanás não possui meios suficientes para o vencer.

Aparentemente é verdade, mas lembremo-nos da luta que David travou com o gigante Golias.

Aparentemente David não tinha meios para lutar e vencer o gigante Golias.

Golias estava bem treinado, armado e protegido com sua armadura de guerra, mas David munindo-se da sua fé em Deus, tomou como armadura apenas 5 pedras e uma funda, enfrentando Golias em nome de Deus, o que bastou para vencer Golias.

David rejeitou a armadura de Saúl, preferindo confiar em Deus.

Nós devemos seguir o exemplo de David, e quando formos à luta usemos não as armaduras que outros nos queiram dar, ou que nós mesmos construamos, mas usemos apenas esta armadura que Deus coloca ao dispor de todos nós, pois só essa nos dá garantia de vencermos.

Ef. 6:10-18

Nesta passagem nós temos uma armadura que se a usarmos nos permite enfrentar e lutar contra o nosso inimigo e vence-lo.

São 5 coisas (que podemos considerar como armas), essenciais para nos defendermos e 2 para o podermos atacar.

Muitos crentes embora sabendo dessa guerra preferem alhear-se e não lutar.

Acham que estando a sua salvação garantida, isso é o essencial e já não buscam nem lutam por viver uma vida abundante e de qualidade espiritual.

Esses crentes acabam por viver vidas minadas pelo poder de Satanás, não tendo por isso forças para enfrentar as pressões que lhes vem de muitos lados.

É por isso que cada vez mais se vêem crentes envolvidos em problemas, quer nos lares, no casamento, na vida e nos negócios, etc.

Muitas destas coisas devem-se e acontecem por causa dos crentes não usarem esta armadura de Deus, mas em vez disso usarem armaduras feitas por eles mesmos ou adquiridas no mundo, mas que depois por não serem apropriadas os levam a sucumbir na batalha.
Só existe uma armadura capaz e eficaz para os crentes vencerem nas batalhas desta guerra espiritual, essa armadura é aquela que temos descrita por Paulo aos Efésios 6:10-18.

A ARMADURA DE DEUS

Como a guerra de que fala esta passagem não é física e sim espiritual, aquilo que precisamos fazer tem a ver com atitudes e uso de armas também espirituais.
Começando pela necessidade de sermos fortalecidos no Senhor (6:10), munindo-nos depois da Sua armadura.

Numa guerra física ou numa guerra espiritual, aquilo que devemos proteger e usar em primeiro lugar para  vencermos o inimigo, são as mesmas coisas.

A cabeça e o coração devem ser os mais bem protegidos. Os pés também devem estar bem calçados.

Depois, um escudo adequado para se proteger o restante do corpo.

Uma espada é indispensável para que quando o inimigo se aproximar mais o atacarmos.

Um cinto muito embora possa parecer algo com menor importância, tem de facto muita utilidade para  segurar e ajustar essa armadura ao tamanho e formato do nosso corpo.

Vejamos em pormenor o significado e importância desta armadura.

A COMPOSIÇÃO DA ARMADURA DE DEUS

1 - O CINTO DA VERDADE

Muito embora nos possa parecer que o cinto seja de menor importância, o facto é que o apóstolo começa pelo cinto.

Um cinto serve para segurar e aconchegar algo que vestimos. Este cinto é chamado de cinto da verdade.

A única coisa que serve e nos deve manter seguros deve ser a verdade. A verdade como nos o Senhor Jesus é a palavra de Deus.

Esta é a verdade que segura tudo. A nossa armadura não estando segura com a verdade é uma armadura que não se irá manter e de nada nos irá servir.
Muitos há que se julgam seguros. Um dia irão ter uma enorme decepção, porque a sua “segurança” não estava na verdade, pois só a verdade garante protecção.

2 – COURAÇA DA JUSTIÇA

Couraça vem da palavra couro, o material de que era feito esta parte da armadura de um soldado. Um material duro e muito resistente que impedia que o soldado fosse atingido na parte do peito, em particular o seu coração.

O nosso coração precisa de muita protecção. Esta couraça é denominada como sendo a couraça da justiça.

Esta justiça não se refere á nossa justiça mas sim, à justiça de Deus, pois estamos falando da armadura de Deus e não do homem.

Em Rm. 1:17 diz que o evangelho nos revela a justiça de Deus.

Quando o crente vive segundo este evangelho, ele tem seu coração protegido do mal.

O inimigo procura constantemente atingir-nos, em particular tendo como alvo o nosso coração, mas o crente em Jesus está protegido pela justiça de Deus, uma couraça impenetrável.

A justiça que protege o crente é o sangue do Senhor Jesus e a sua fé nEle. Estes são os meios pelo qual o crente foi justificado. Rm. 5:9 Gl. 2:26

Agora, ninguém mais poderá intentar acusação contra o crente, pois ele se encontra justificado. Rm. 8:33

3 – CALÇADOS OS PÉS…

Os nossos pés devem estar calçados com o evangelho da paz. Embora em meio à guerra devemos anunciar a paz.

Esta é uma boa forma de vencer uma guerra, proclamando a paz.
O homem ao se converter torna-se um mensageiro da paz, proclamando aos outros que podem reconciliar-se com Deus, tendo paz com Ele por meio de Jesus. Rm. 5:1 Cl. 1:20

Os pés falam do nosso andar. Significa que ao andarmos neste mundo, devemos testemunhar, falando de Jesus, e da paz que Ele nos dá por meio da Sua morte na cruz do Calvário.

4 – ESCUDO DA FÉ

O  escudo é para o soldado muito importante, para que possa defender as partes de seu corpo com menos protecção e que repentina e momentaneamente precisa ser protegida.

A fé representa este escudo. A fé ajuda-nos em qualquer momento e qualquer que seja a circunstancia que repentinamente nos sobrevenha.
Na doença, tribulação, desanimo, cansaço, horas difíceis, como a perda de algo ou alguém… 
Todos os que usarem este escudo serão recompensados pelo Senhor.

A fé será e deverá ser sempre a força que nos protege nas situações mais diversas. (até o mundo ateu reconhece esta verdade, que quem tem fé supera melhor as adversidades)

A fé como diz o verso, serve de escudo para apagar os dardos que o inimigo lança contra nós.

Estes dardos não são vulgares, mas vem inflamados. Trazem fogo, para assim serem mais mortíferos e terríveis.

Por isso precisamos de manter nossa fé e aumentá-la, para que estes dardos não nos atinjam.

Como se faz para possuir fé? Rm. 10:17 (ouvindo a palavra)

Somos ensinados a também pelejar pela fé. Jd. 3. fazendo tudo para a defender. v.4 (fé - pureza da doutrina)

5 – CAPACETE DA SALVAÇÃO

Capacete da salvação não é um nome dado ao acaso.

O capacete serve para proteger a cabeça. Neste caso não a cabeça no sentido físico, mas no que ela representa; a nossa mente.

A mente é o centro e a sede de onde partem as nossas decisões e escolhas.

Igualmente no sentido inverso, para lá são dirigidas todo o tipo de ataques para seduzir, tentar dominar e manipular essas mesmas decisões e escolhas, é por isso necessário algo que nos proteja desses ataques e invasões.

O inimigo Satanás sabe que controlando a mente do homem, todo o resto fica sob seu domínio

Precisamos por isso antes de mais, dar o controle da nossa mente ao Senhor, pois só dessa forma ganharemos a luta. Rm. 12:2 Ef. 4:17-23

Da salvação. Porque é de capital importância que o crente tenha a certeza da sua salvação.

Esta certeza habita precisamente na sua cabeça (mente), daí a importância em proteger a mente, de modo a que o inimigo não consiga atingir-nos a mente colocando dúvidas na mente tentando roubar ao crente essa certeza, e conseguir dessa forma derrotar o crente. I Ts. 5:8

6 e 7 ESPADA – ORAÇÃO

Estas são armas de ataque do crente, sendo indispensáveis para vencer.

A espada como diz o mesmo verso é a palavra de Deus. Mas esta espada só nos será útil se a desembainharmos e usarmos contra o inimigo.

O Senhor Jesus deixou-nos um excelente exemplo quando na tentação de 40 dias e 40 noites no deserto.

Quando o diabo o tentava usando até a palavra de Deus mas de forma deturpada, Jesus sempre respondia: “está escrito”.

Mas para isso teremos de a conhecer e bem, pois se isso não acontecer, o diabo irá deturpá-la enganando-nos e levando-nos à derrota.

O Senhor Jesus não perdia sequer tempo com outros argumentos, citava simplesmente a palavra e o diabo se afastava.

Já experimentaram isto? Quando citamos a palavra a alguém, a resposta é: lá vens tu com a bíblia… ficam logo derrotados.

Será que poderemos dispensar alguma desta armadura?   R. v.11 “revesti-vos de toda a armadura”

ORAÇÃO  Quanto á oração todos sabemos a importância que a palavra de Deus lhe dá, tendo o próprio Senhor Jesus sido um exemplo de oração e falando muitas vezes da necessidade que temos de vigiarmos em oração continuamente.

Jeremias 29:12,13

Por vezes oramos e muito, por livramento de alguma situação que nos aflige ou angustia.
Esperamos que Deus responda, mas após orarmos levantamo-nos para nos voltarmos a deparar com essa situação, pois ela ainda não se modificou, e lá está o diabo esperando por nós para nos lançar  dúvidas sobre a nossa fé, ou se Deus se interessa connosco e com nossos problemas…

Esta é a hora oportuna para a luta, em que devemos atacar com estas duas armas; a palavra e a oração.

A oração deve ser do começo ao fim. Quer dizer: não devemos abandonar o combate a meio, mas lutar até ao fim, pois a oração começa quando dirigimos a Deus os nossos desejos, mas só termina quando obtivermos a resposta.

Por isso, a luta deve ser levada até ao limite das nossas forças, pois o Senhor promete que a nossa perseverança será recompensada.
 
Esta é a armadura que Deus nos dá para usarmos e vencermos todos os nossos inimigos espirituais.

Não tentemos arranjar outra ou modificar esta, por acharmos que para nós ela não serve ou não se adapta.

Ao fazermos isso, tal armadura deixará de ser a armadura de Deus, sendo certa a derrota.

Que Deus nos ajude a fazermos uso desta Sua armadura para sermos vencedores. Amén.

Carlos A. Oliveira
2007

 
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