O AMOR e as 8 características do fruto do Espírito por D. Moody O Amor deverá ser a principal característica do cristão. (I João 4:7,8) O amor é a evidencia maior de que a pessoa é de Deus.
- Gozo é o amor exultando. - Paz é o amor em repouso. - Longanimidade é o amor que nunca se cansa - Benignidade é o amor que suporta. - Bondade é o amor em acção. - Fé é o amor no campo de batalha. - Mansidão é o amor sob disciplina. - Temperança é o amor sendo treinado.
FRUTO DO ESPÍRITO – vs – DONS Convém não confundir aquilo que são os dons que o crente recebeu do Senhor, com o fruto do Espírito. Diferenças - Dons, são qualificações espirituais que o crente recebe para poder utilizar no serviço do Senhor. - Fruto, é parte do carácter espiritual. Não é o que a pessoa faz para o Senhor, mas o que a pessoa é no Senhor. - Os dons são dados com a conversão. O fruto desenvolve-se gradualmente. - Os dons só por si não são um meio de avaliar a profundidade da espiritualidade do crente (ex. dos crentes em Corinto). - Fruto por outro lado, são sinal do desenvolvimento da vida e do carácter espiritual do crente. - Dons são capacidades para que alguém esteja capacitado e use no serviço do Senhor. - Fruto, nada tem a ver com o que possa fazer no serviço do Senhor. A maioria das pessoas olha com admiração para os que possuem dons do Espírito, como se isso fosse um indicador de “super cristão” ou espiritual, mas não são os dons que indicam o nível espiritual do crente e sim o fruto do Espírito.
O FRUTO DO ESPÍRITO Gálatas 5:16-23 Nós vemos pela Bíblia que as capacidades e virtudes que o crente possui são dons de Deus. Uns dados sob condição e outros incondicionalmente. Isto que nós encontramos em Gl. 5:22,23 não são dons, mas FRUTO. Sabemos bem como os frutos se conseguem. É com trabalho e muito empenho. Aqui o apóstolo diz-nos que este fruto surge se andamos no Espírito. Já estudamos sobre andar no Espírito, que é vivendo uma vida em que Cristo ocupa e é o centro de tudo e em que o nosso eu é aniquilado. Agora vamos estudar sobre cada característica deste FRUTO, chamado de fruto do Espírito. Paulo depois de falar de modo firme acerca da inutilidade da circuncisão, censurando os que com esta doutrina estavam a causar estragos naquela igreja, adverte os verdadeiros crentes para o que é mais importante na vida cristã, que é andar no Espírito. Não são as doutrinas por si que nos levam a uma maior santificação (podemos conhece-las muito bem e sermos carnais), mas é o facto de andarmos no Espírito. Paulo fala sobre aquilo que acontece dentro do crente diariamente; a luta entre o Espírito e a carne. Desta luta e sobre quem sairá vencedor, sucederá praticarmos as obras da carne ou então produzirmos o fruto do Espírito. Paulo fala de fruto no singular. Aqui não se fala de frutos, apenas de fruto que se manifesta nestas 9 formas diferentes. 1 – Amor . 2 – Gozo (alegria) 3 – Paz . 4 – Longanimidade (paciência) 5 – Benignidade 6 – Bondade 7 – Fé (fidelidade) 8 – Mansidão 9 – Temperança (domínio próprio) Esta é uma das passagens em que por vezes podemos ser levados a pensar que só é aplicável a certos crentes que mostram certas qualidades ou feitos extraordinários. É verdade que existem crentes com os quais deveríamos nos assemelhar e em quem podemos sentir o cheiro de todos os aromas deste fruto, mas apesar de tudo só existiu um em quem este fruto pôde ser visto na plenitude; foi a Pessoa do Senhor Jesus. No entanto, aquilo que Deus nos pede está ao alcance de cada um, muito embora as nossas limitações. Deus não nos pede o impossível, só o possível, pedindo apenas na medida que nos tem dado. Ele quer dar sempre mais, depende de nós o estarmos prontos a receber. Deus usa homens sábios, mas também indoutos. Ricos mas também pobres. Fortes e também fracos, etc. etc. Por isso nunca pensemos não estar qualificados para servir o Senhor porque é Ele quem nos qualifica conforme seja ou não da Sua vontade. Resta-nos estar disponíveis e prontos como tantos outros que o Senhor chamou e eles simplesmente responderam: “faz em mim a Tua vontade” AMOR. No grego são 3 as principais palavras para traduzirem “amor”. No N.T. são usadas apenas duas. A terceira palavra é “Eros” que é aplicada quando se fala do amor erótico ou sensual. Esta palavra deriva do deus Eros que na mitologia grega era considerado o deus do amor ou da sensualidade, semelhante ao que sucedia na mitologia romana com Cupido. As duas palavras que o N.T. usa para definir o amor são; “ágape” e “phileo”. A palavra “phileo” refere-se ao amor simples que todos são capazes de sentir por alguém ou alguma coisa com que simpatizamos, sentimos atracção ou amizade ou outra espécie de relação que envolva afecto, etc. Este amor como sabemos por experiência própria é imperfeito e falha facilmente. Ele arrefece e murcha quando os nossos interesses não são satisfeitos, ou por outra qualquer razão que nos desagrade. O crente no Senhor Jesus é chamado é chamada a viver e praticar um outro amor superior a este que no N.T. é chamado de “ágape”. Esta palavra define aquele amor que é de Deus e que Ele tem por nós. Que é infinito e puro e que não se altera em nenhuma circunstância. O Senhor aceita o nosso amor imperfeito (phileo) mas quer e espera que vivamos de forma a atingirmos o mais possível este amor “ágape” que é igual ao Seu. Não que nós jamais possamos alcançar o amor igual ao dele, mas devendo ter isso como objectivo. A palavra “ágape” quase não existe no grego secular, é uma palavra que nasceu dentro do cristianismo. Ágape é uma palavra nova para descrever uma qualidade também nova e que é impossível de existir fora da dinâmica cristã. O Senhor Jesus em Mateus 5:43-48 explicou de modo excelente que amor é este. Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. 44 Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; 45 para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. 46 Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo? 47 E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo? 48 Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial. O padrão do amor humano deve ser o amor de Deus. Uma amor que abrange a todos por igual, sem discriminar ou olhar a merecimento. O amor humano ama o que lhe interessa, que lhe atrai ou que lhe retribui. O amor “ágape” de que fala Jesus e a Bíblia é contrário ao principio deste mundo e só pode ser vivido por aqueles que nasceram de Deus e vivem no Espírito. Existe ainda uma quarta palavra menos utilizada e que é mais limitada na sua esfera, que é a palavra que se aplica para definir o amor entre os familiares mais chegados, e que é a palavra “storge”. No N.T. a palavra “ágape” aparece frequentemente em especial nas cartas de Paulo onde aparece mais de 70 vezes, o mais relevante é o de aparecer sempre relacionada com Deus e com Cristo. Alguns exemplos: João 3:16 – Rm. 5:8 / 8:35 – II Cor. 5:14 – Ef. 3:19. Amor em Gl. 5:22 também é “ágape”. O mesmo amor que vemos em Deus e em Cristo. O amor “ágape” ama por amar. Não está dependente da virtude ou mérito no seu objecto. Em Dt. 7:7,8 Deus diz ao povo de Israel que o motivo pelo qual os escolheu dentre os outros povos, não foi por uma razão definida devido a algum dos seus méritos, mas simplesmente porque Ele os amou. Esta é a natureza de amor “ágape”. O Senhor Jesus também nos ama e amou desta forma inexplicável. Não porque nós o amassemos, mas como diz João na primeira carta 4:19. “nós agora o amamos porque Ele nos amou primeiro”. O nosso amor não tem virtude especial porque resulta de termos sido amados. A grande virtude está no amor de Jesus que nos amou quando nós éramos ainda seus inimigos. O amor “ágape” ama mesmo sendo rejeitado. O mancebo rico de Marcos 10 após aquele diálogo que teve com Jesus em que esteve tão perto de ser salvo, mas que devido ao seu apego aos bens deste mundo rejeitou Jesus, lemos que quando o mancebo se justificava a si mesmo, Jesus antes de lhe dizer aquilo que o faria afastar-se, olhou para ele e o amou. Só este amor pode fazer isto; amar aqueles que nos rejeitam. Jesus por certo que sentiu tristeza por aquele jovem o ter rejeitado, mas com a tristeza havia também amor, porque o amor “ágape” ama independentemente do que o outro é ou faz. Não houveram só os que rejeitaram a Jesus, houveram também aqueles que o amaram. P. ex. Lázaro e a família. (João 11) Teria sido suficiente João ter tido escrito que Jesus amava aqueles irmãos, mas João deixa claro no v. 5 do cap. 11 que Jesus amava a cada um: a Marta, sua irmã Maria e a Lázaro. Como se percebe pelo que lemos nos evangelhos, estes 3 irmãos tinham cada um personalidades diferentes, mas Jesus os amava como eles eram, não deixando mesmo assim de corrigir o que era necessário como foi com Marta. Marta tinha uma personalidade mexida, era muito zelosa nas coisas desta vida mas como vemos o fazia para agradar ao Senhor. Maria, era mais quieta e mais curiosa de conhecer o Senhor e os seus ensinos. Ela amava tanto o Senhor ao ponto de ter derramado sobre seus pés aquele unguento de levado valor, que de certo era aquilo que ela possuía de mais valor e que guardava com grande cuidado e amor para que alguém o derramasse sobre o seu corpo depois de morrer. Lázaro, nunca lemos que dissesse uma palavra. Era daquelas pessoas que muito embora não falando, se assentava em comunhão silenciosa com o Senhor. Depois de ressuscitado vemos Lázaro compartilhando da ceia com o Senhor que o tinha trazido de novo à vida, retribuindo desta forma embora simples, o seu amor para com o Senhor. Esta família serve-nos de exemplo de como Jesus ama a todos apesar das diferenças que em nós existam. Nós amamos a Jesus, cada um de maneira diferente, mas Jesus ama-nos a nós de modo igual. Nós vemos Jesus amando pessoas individualmente, como vemos Jesus amando a Sua Igreja (Ef. 5:25), uma multidão enorme e incontável. O amor de Jesus é assim. Ele tanto pode amar uma só pessoa, como pode amar a muitos, e isto sem que o Seu amor sofra quebra de intensidade. Na passagem de João 13:19-23 poder-se-ia entender que Jesus amava mais a João que aos outros discípulos, o que não pode ser verdade. O amor de Jesus é igual para com todos, a diferença que por vezes nos possa parecer existir encontra-se na pessoa que é amada e na forma como ela desfruta ou goza desse amor numa maior medida que a dos outros. Nos momento mais importantes do ministério do Senhor Jesus vemos ali João. Não só nos bons como nos maus também. Até nos mais críticos como o do julgamento e crucificação, não admira que a sua relação fosse mais próxima a ponto de lhe ser confiada por Jesus, sua mãe. Entre Jesus e João criou-se uma maior intimidade mas que se devia à atitude de João para com Jesus. O que havia entre João e Jesus e que fazia a diferença, era a existência de maior proximidade de João para com Jesus o que aos olhos humanos pode aparentar ou fazer crer a existência de um maior amor. (acontece por vezes entre pais e alguns filhos. Podendo haver amor igual, devido a maior afinidade isso ser interpretado como amor diferenciado) O amor está em cada um. (Romanos 5:5) Quando alguém se entrega e converte a Cristo, passa a ter em si a capacidade de praticar este amor “ágape”, sendo apenas necessário deixar que o Espírito Santo tenha o controle sobre nossa vida. Paulo começou este assunto dizendo: “Andai em Espírito…” Aqui se encontra a chave do verdadeiro amor. O amor é acção. (I João 3:18) Neste verso João diz que o amor para ser amor tem de ser posto na prática. Ou seja, não há amor sem acção. Em I Coríntios 13, Paulo diz que podemos fazer muitas coisas sem no entanto sentirmos amor. Estarão Paulo e João em contradição? Claro que não! O que Paulo diz é que pelo facto de fazermos coisas boas, isso não prova que amamos, enquanto o que João diz é que quando amamos de verdade esse amor terá de ser demonstrado por meio de gestos, atitudes e obras que reflectem esse amor. Para que as nossas boas obras sejam o resultado do nosso amor “ágape”, convém que deixemos de tentar ser perfeitos e bons por nós mesmos, procurando em primeiro amar o Senhor, e será o Seu amor que derramado sobre nós nos irá tornar capazes de amar com o amor de Deus. O amor que cresce (Fp. 1:9,10) O caminho do amor é um caminho de excelência. Como nos diz o apóstolo: só crescendo no amor se consegue uma vida de santificação e do agrado do Senhor, em que sabemos fazer as escolhas certas, sermos sinceros e sem culpa. É fazendo cada dia o nosso melhor que nós vamos crescendo no amor. Amor que nos vai sendo concedido pelo Senhor. Só seremos capazes de amar quando formos capacitados por Deus por meio do Seu Espírito Santo. De outra maneira nunca o conseguiremos. Em I Cor. 13:13 falando do amor, Paulo diz que o amor é a maior das virtudes cristãs e que por isso mesmo permanecerá para sempre. Seria inevitável por isso que no fruto do espírito o amor surgisse no topo da lista destas 9 características deste fruto. Como também diz João: Deus é amor. Necessariamente o amor terá de estar sempre em primeiro lugar. Em Col. 3:14 Paulo diz que o amor é o vinculo da perfeição. O amor é aquilo que liga tudo de maneira harmoniosa e perfeita. AMOR E FÉ Uma outra coisa que nós vemos através do NT é a existência de uma dupla associação entre amor e fé. Paulo quando escreve aos Efésios (1:15) aos Colossenses (1:4) e aos Tessalonicenses (1:3/3:6), ele fala a estes crentes e elogia-os pela sua fé, e seu amor uns para com os outros. Amor sem fé é sentimentalismo e fé sem amor é sequidão e esterilidade. A fé deverá estar ligada ao amor e o amor à fé. Este amor de que falo e fala a palavra de Deus, não é uma mera experiência emocional que surge quando calha, esporadicamente ou por acção de situações criadas com esse fim, mas deve ser um principio segundo o qual nós vivemos deliberadamente. Esta é uma conquista só possível àqueles que já são nascidos de novo em Cristo, por ser fruto do Espírito Santo. Vemos então que o assunto do amor segundo Deus não é assim tão simples, nem como por vezes se possa pensar. Muitas vezes aquilo que pode parecer amor e até um amor em grau de intensidade elevado, à luz do conceito Bíblico não tem algum valor. Procuremos viver este amor “ágape” não esquecendo que só o alcançaremos quando estivermos andando no Espírito. Amén.
O FRUTO DO ESPÍRITO GOZO
Algumas versões traduzem esta palavra por “alegria”. A palavra GOZO expressa mais do que simples alegria. A alegria é um sentimento que está mais relacionado com o que acontece à nossa volta. Se as coisas correm como nós desejávamos, isso provocará em nós sentimento de alegria ou felicidade. O gozo que é resultado do fruto do Espírito não depende dos acontecimentos ou circunstancias, podendo mesmo existir no meio da adversidade e da tristeza. O Senhor quer dar aos Seus filhos mais que mera alegria, mas sim, gozo, porque gozo é algo que perdura e não depende de circunstâncias favoráveis. O Senhor Jesus mesmo no limiar de ser crucificado falando aos discípulos dizia-lhes: “Estas coisas vos tenho dito, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo.” (João 15:11) Jesus disse: “meu gozo”. Apesar de ser a véspera da Sua crucificação, um dia de grande tristeza e amargura, Jesus fala do Seu gozo, exortando aos discípulos que sentissem esse Seu gozo. O NT nos ensina que o verdadeiro gozo ou alegria não se encontram nas coisas deste mundo, pois neste mundo tudo é passageiro e muda rapidamente, sendo que se a nossa alegria se basear nessas coisas, então ela será de curta duração. Como cristãos precisamos procurar a alegria que seja permanente, e essa só se encontrará em Deus. Por esta razão é que Paulo escreveu aos crentes de Filipos: “alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez vos digo, alegrai-vos”. (Fp. 4:4) A palavra grega para gozo é “Chará”, que significa, “a alegria do viver”. Os gregos saudavam-se quer por escrito ou verbalmente usando a palavra “Chaireen”. Geralmente esta palavra aparece traduzida para a nossa língua pela palavra saudações, mas que se fosse dada tradução literal seria: “a alegria seja contigo”. No NT como nos escritos da igreja primitiva nós encontramos esta forma de saudação. p.ex. a palavra “Salvé” com que o anjo saudou a Maria e com que Jesus após a Sua ressurreição saudou as mulheres. A palavra “Salvé” significa exactamente; “a alegria seja contigo” (convosco). Os apóstolos depois de reunidos em Jerusalém em Concilio, escreveram às igrejas comunicando as suas deliberações, principiando a sua carta com a palavra “charien” – a alegria esteja convosco. O crente é incentivado na palavra de Deus a viver esta vida de gozo que nos é providenciada por Deus em Cristo Jesus. O gozo é uma das principais características que distingue a vida do cristão dos outros que seguem modos ou filosofias de vida diferentes. Sejam quais forem os elementos que compõem a vida do cristão, quer ele viva com ou sem tribulações, a sua alegria deve manter-se como factor da sua esperança nas promessas divinas. O cristão sabe que no seu gozo existe uma certa severidade, porque o seu gozo não é segundo este mundo nem segundo a satisfação da sua carne, mas é um gozo que pode ser sentido e vivido mesmo no meio à disciplina ou tribulações. O apóstolo Tiago diz isso mesmo no cap. 1:2 “Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes por várias provações,…” Meus irmãos alegrai-vos ao passar por várias provações, porque isso trará bons efeitos em vossas vidas,… Efeitos esses que vem descritos nos vs 3e4. É notável a frequência com que o NT nos mostra como o gozo e a aflição na vida do crente tantas vezes andam de mão dada. Actos 13:49-52. E divulgava-se a palavra do Senhor por toda aquela região. 50 Mas os judeus incitaram as mulheres devotas de alta posição e os principais da cidade, suscitaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus termos. 51 Mas estes, sacudindo contra eles o pó dos seus pés, partiram para Icônio. 52 Os discípulos, porém, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo. Este é um dos exemplos bem ilustrativos de que o cristão apesar de perseguido ou atribulado pode sentir e mesmo ficar cheio de gozo. Paulo em II Cor. 6:10 diz-nos algo aparentemente contraditório: “como entristecidos, mas sempre nos alegrando;…” Paulo podia sentir este gozo que não vem das circunstancias favoráveis, e que só pode ser vivido pela fé no Senhor Jesus e nas Suas promessas. O crente tem sempre algum motivo pelo qual pode sentir gozo. O crente pode estar passando por dificuldades e problemas, mas ao ver almas se convertendo, jovens sendo dedicados ao Senhor, pessoas que pensam em si e o procuram ajudar, se ele próprio é instrumento de Deus para falar aos outros da Sua salvação, como pode deixar de sentir gozo e alegria no Senhor? Há crentes que parecem nunca terem um único momento de alegria. Sempre os ouvimos queixarem-se de tudo e todos, andando cabisbaixos e sempre negativistas… Para que isso mude existe a necessidade de terem mais comunhão com Deus e alimentarem-se da Sua palavra, em suma: Andar no Espírito. Se queremos sentir esse gozo ou alegria de que fala Gálatas 5:22 a condição é andarmos no Espírito. “Andai”; significa um acto com continuidade, não ocasionalmente ou raramente. De outro modo não teremos esse gozo. Poderemos ter momentos de alegria determinados pelas circunstâncias, mas isso não será o gozo, fruto do Espírito. Romanos 15:13 Vemos neste verso que é Deus quem nos enche deste gozo e o faz através da nossa fé. Precisamos de crer que o melhor está para vir e que o presente faz apenas parte do meio para alcançarmos esse fim. O presente pode não ser o que mais gostamos, mas precisamos confiar que Deus pode fazer com que o amanhã seja muito melhor. Se isso não acontecer, de uma coisa devemos estar certos; o dia virá em que as dificuldades ou o sofrimento terminará e nós iremos descansar definitivamente e para sempre na presença do Senhor. (Isaías 35:10) Esta esperança de um futuro sem sofrimento e preocupações é motivo suficiente para que sintamos gozo. Se não soubermos seguir os conselhos da palavra de Deus para andarmos no caminho que Ele nos propõe, então a nossa vida irá ser despida de gozo, e se porventura coisas desagradáveis nos sucederem, então a nossa vida será uma constante tristeza, e isso não é da vontade de Deus. Se vivermos em estado de tristeza habitual, não é bom para nós próprios, nem é um bom testemunho para atrair alguém a Cristo. Que Deus ajude a cada um de nós a andar no Espírito para que sintamos esse gozo, e mesmo que as circunstancias sejam de modo a nos tirar esse gozo, que o saibamos manter, pensando no que será o nosso futuro após esta vida, ou mesmo que o amanhã se Deus assim o quiser poderá ser muito melhor. Sejamos firmes no Senhor. Amén.
FRUTO DO ESPÍRITO PAZ
Paz é uma palavra que hoje em dia está muito em moda e muitos falam de paz não conhecendo o seu verdadeiro significado. Será que a paz de que fala a Bíblia, em especial a paz como fruto do Espírito, tem algo a ver com a paz que o mundo apregoa e promete? Se assim fosse, essa paz seria normal e sem interesse. Esta paz, fruto do Espírito é totalmente diferente. Penso que como crentes no Senhor Jesus já experimentamos em alguma medida o que é essa paz, mas podemos ter a certeza que muito temos a ainda a experimentar, tal á a sua grandeza. Vamos pela graça de Deus procurar estudar e entender alguma coisa sobre essa paz que é de Deus e Fruto do Espírito.
O FRUTO DO ESPÍRITO PAZ
Salmos 119:165 “Grande paz tem os que amam a Tua Lei” (Filipenses 4:7) - E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus. Em primeiro lugar aquilo que devemos dizer acerca de paz, é falar sobre esta paz que se chama paz de Deus e que nos é concedida em Jesus. Paz que não existe outra igual. Que paz é esta afinal? Esta é aquela paz que quem a possui pode até estar passando por tribulações ou grandes provações e mesmo atravessando o vale da sombra da morte, que essa paz continua manifestando-se nessa pessoa que a tem, porque esta paz lhe foi dada por Deus e é guardada por Jesus, sendo por isso indestrutível seja porque circunstancia for. Segundo vemos pela palavra de Deus a verdadeira paz é algo inseparável da Pessoa de Jesus. Não havendo por isso verdadeira paz sem Jesus. Não foi um acaso que logo na ocasião do nascimento do Senhor Jesus que a primeira mensagem trazida pelos anjos foi a de paz na Terra. Jesus durante o Seu ministério por muitas vezes abençoou a muitos com a Sua paz. Lemos que Ele ao morrer morreu também para que a paz fosse estabelecida entre Deus e os homens. Os homens podem até com toda a sua força desejarem paz ao seu próximo, mas não poderão jamais fazer o que Jesus faz, que é; conceder a paz. Jesus quer que tenhamos essa paz que Ele dá e que é Fruto do Espírito. Das coisas que todos os homens mais prezam desde os primeiros tempos da sua existência é PAZ. (quando nos aborrecem aquilo que mais respondemos é: deixa-me em paz) Acima daquilo que é a paz que representa ausência de guerra, todos anseiam e procuram muito especialmente aquela que á a paz interior, ou seja, paz de coração. Esta paz interior nem os governantes ou as religiões, ou sejam que espécie de filosofias forem a podem dar, só Deus tem este poder para a dar. A palavra paz que é traduzida do grego, descreve a serenidade, tranquilidade, e aquilo que é o verdadeiro contentamento de uma vida feliz e segura. Paz só existe quando se lança fora o medo ou a ansiedade. A paz é importante, por essa razão o NT a refere cerca de 90 vezes. A saudação mais repetida pelo apostolo Paulo consiste em 2 palavras: Graça e Paz. • De onde vem esta paz que todos tanto desejam e procuram? • Como se encontra e se consegue que seja duradoura? 1 - Rom. 15:13 - A paz provém da fé. Paulo orava para que Deus enche-se aqueles crentes em Roma com todo o gozo e paz, na sua fé. Isto quer dizer que o gozo assim como a paz, resultam de confiarmos plenamente no que Deus nos diz. 2 - Rom. 2:10 – A paz resulta da fé, mas não de uma fé que apenas crê de maneira passiva, mas da fé que se aplica a praticar o que crê. 3 - Fp. 4:7 – A paz de Deus… A paz provém de Deus. Esta paz verdadeira é uma paz que excede o próprio entendimento ou compreensão, por essa razão, ela só poderia proceder de Deus. Paz é uma coisa que Deus dá, e não algo que o homem possa criar. Por isso é uma coisa que ultrapassa a capacidade humana. 4 - João 14:27 - A paz é também um dom de Jesus. Esta Sua paz como tantas outras coisas que Ele dá, não é algo que se possa conquistar ou ganhar, mas que simplesmente se deve aceitar. Jesus está pronto para dar, nós, se a queremos só temos que aceitar. A paz deve ser a base para todos os relacionamentos. a) No Casamento. I Cor. 7:15. Como é sabido, existem muitos casamentos que são verdadeiras guerras, quer de palavras e não só. Aqui nos diz o apóstolo acerca do casamento que Deus nos chamou para a paz. Significa que um verdadeiro casamento precisa de ter como base esta paz que Deus deseja que tenhamos. Os casamentos como temos vindo a verificar cada vez mais se vem tornando instáveis. Isto é o reflexo da falta de paz existente nas pessoas. b) Na Igreja. Ef. 4:3 Cl. 3:15 II Cor. 13:11 Também na Igreja é necessário que exista esta paz. Paz que é consumada quando se mantém a unidade do Espírito, o qual é o vinculo da paz. Para se obter paz, só seguindo o conselho da palavra de Deus e manter a união, mas uma união focada no E.S. e não em qualquer outra coisa. c) Entre os Homens. Hb. 12:14 Rm. 12:18/14:19 O verdadeiro cristão tem o dever de bom relacionamento com as outras pessoas, ser pacífico e não um criador de conflitos. A paz deve ser algo a ser procurado pelo cristão com empenho. Muitas vezes não é fácil ter paz com todos, mas como dizem as passagens que lemos, devemos fazer tudo quanto estiver ao nosso alcance para estar em paz com todos. O possuidor de paz deverá ser também um promotor de paz. Por último, a paz com Deus. (Rm. 5:1 Cl. 1:20) Sabemos que a paz com Deus só foi possível através de Jesus por causa do sacrifício realizado na cruz. Apesar de eu ter escolhido falar por último da paz com Deus, é no entanto por aí que se deve começar, sendo este o princípio para que sejam desenvolvidas todas as outras coisas que foram ditas antes. Sem paz com Deus ninguém poderá gozar ou fomentar qualquer espécie de paz que seja real e autêntica. Os Homens só poderão ter e transmitir paz aos outros, quando tiverem a paz de Deus dentro de si. Como se reconhece a verdadeira paz? (Fp. 4:6,7) A verdadeira paz reconhece-se de forma muito simples. Ela é realçada quando surgem aquelas circunstancias difíceis que normalmente causam grande preocupação, ansiedade ou desespero. Aqueles que tem verdadeira paz com Deus não se desespera, mas como diz a passagem, levam o cristão a recorrer ao Trono da Graça de Deus em oração. Então, essa paz inexplicável que não é aquela paz dada pelo bem estar e segurança, mas porque é uma paz efectiva permanece mesmo nas circunstancias adversas. Esta paz actua no coração do crente dando-lhe a necessária tranquilidade mantendo o seu pensamento em Cristo. Isto é muito importante, porque é nesses momentos difíceis que o nosso inimigo mais ataca a nossa mente com o objectivo de nos roubar a paz. Então, é pela oração que se consegue impedir a penetração desses pensamentos vindos da parte do tentador – Satanás. Esta paz como é dito no v. 8 produz santificação, como também diz o v. 9 leva o crente à prática das virtudes apresentados no v. 8. Desta forma saberemos com toda a certeza que o Deus de paz estará connosco. I Pd. 3:10,11 / II Pd. 3:14 Esta paz fruto do Espírito como nós vemos pela palavra de Deus é nos dada graciosamente por Deus, mas esta bênção como tantas outras terá de ser procurada diligentemente com empenho e entusiasmo. O apóstolo Pedro nestas duas passagens é bem claro quanto ao nosso papel na busca da paz. A origem é sempre Deus, não se podendo obtê-la de outro modo, mas a condição é a de nós buscarmos diariamente esta paz que Deus nos concede dia-a-dia, porque Deus não dá a Sua paz de uma vez para sempre, mas Ele a concede a cada dia na medida em que a buscamos e precisamos dela. É assim que Deus trabalha e opera. Que Deus nos ajude a viver na Sua paz. Amén. O FRUTO DO ESPÍRITO Longanimidade João 15:5 Este fruto de que fala Jesus é o fruto do Espírito de que Paulo fala aos Gálatas 5:22,23. O fruto do Espírito pode ser comparado a uma laranja de 9 gomos. É um fruto apenas, mas constituído de 9 características. Essas 9 características podemos dividi-las em 3 grupos. O primeiro grupo de 3 (amor, alegria, paz) são referentes às qualidades espirituais do cristão. O segundo (longanimidade, benignidade e bondade) indica aquelas que são as virtudes que se manifestam em nossas relações sociais. Em terceiro, temos a fidelidade ou lealdade, que tem que ver com a nossa relação com Deus e naquilo que é a sua vontade revelada na sua palavra. Depois a mansidão. Mansidão tem a ver com a relação do cristão com os homens em geral. A seguir, Temperança ou o domínio próprio, diz respeito à relação que cada cristão tem consigo mesmo, ou seja, com aquilo que são os seus próprios desejos e paixões carnais, por causa das quais ele necessita desta característica que é a capacidade de se dominar a ele mesmo. A palavra longanimidade na nossa língua vem do latim que significa, ter “longo ânimo”. Longânimo é aquele que não desiste ou que suporta com muita paciência, ou como se diz na linguagem popular, ter “pavio comprido”. Alguém que não se exalta ou se ira com rapidez ou facilidade. Deus é por natureza um ser Longânimo e quer que seus filhos também sejam. Isto não quer dizer que nós, nunca nos possamos indignar ou irar, mas que isso só é legítimo segundo aquilo que nos é dito em Efésios 4:26,27. “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, não deis lugar ao diabo”. A nossa ira terá de ser proporcional aos factos e não durar mais de um dia, de contrário, estamos a dar lugar ou oportunidade ao diabo para nos derrotar ou levar à ruína espiritual. A Natureza da Longanimidade Longanimidade é uma prática difícil. Até a própria palavra em si mesma é difícil de pronunciar. Poderíamos dizer que a prática da longanimidade deverá ser como a palavra; comprida e difícil. Segundo as próprias palavras de Jesus em Mateus 5:38-45, ser longânimo é não responder às ofensas, não ser vingativo, é amar os inimigos, se nos obrigam a andar uma milha estarmos prontos a fazer duas, é dar a outra face quando nos batem… Longanimidade é uma das qualidades atribuídas a Deus nas Escrituras, pela sua capacidade de reter a sua indignação diante das nossas provocações. O nosso pecado provoca a ira de Deus, mas Ele não a descarrega sobre nós por ser longânimo. Moisés definiu assim o carácter longânimo de Deus. Nm. 14:18 “O Senhor é tardio em irar-se, e grande em misericórdia; perdoa a iniquidade e a transgressão; ao culpado não tem por inocente, mas visita a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e a quarta geração.” O contrário de longânimo está exemplificado na passagem de Lucas 9:51-56 em que os discípulos Tiago e João diante da rejeição a Jesus por parte dos Samaritanos, disseram a Jesus: “queres que mandemos descer fogo do céu e os consuma?” Jesus lhes respondeu: “vós não sabeis de que espírito sois”. O homem só pode ser salvo devido à longanimidade de Deus. Nós devemos estar gratos a Deus pela sua longanimidade para connosco, e o mesmo nós somos convidados por Deus a ser para com os nossos semelhantes. Expressões da Longanimidade. O ensino Bíblico é de que em relação aos outros, nós precisamos desenvolver e aplicar a nossa tolerância máxima, e não como é nossa inclinação e cada vez mais o padrão dos nossos dias, tolerância ZERO. No livro de Provérbios nós aprendemos princípios e lições muito importantes acerca da longanimidade. Pv. 14:29 / 19:11 Quando se é paciente e tolerante, é se considerado por muitos como sendo um fraco, medroso, covarde… Vejamos aquilo que diz a Bíblia: “É grande em entendimento aquele que é tardio em irar-se, e que existe glória naqueles que sabem perdoar as ofensas” Pv. 16:32 / 15:18 Na hora em que nosso sangue começa a ferver, lembremo-nos de passagens bíblicas como estas, em que se diz que existe maior virtude em ser longânimo que em ser iracundo ou precipitado de ânimo. Mas alguém poderá perguntar: ser sábio então, é engolir tudo mesmo que sejam “sapos”? Ser sábio realmente é muitas vezes engolir até mesmo sapos. Mas, não se é obrigado a engolir todos eles. Uma pessoa longânima tem o direito e até o dever de corrigir o que está errado, ou aqueles que estão errados. No entanto deverá faze-lo como é dito em II Tm. 4:2; “com toda a longanimidade” Este é o padrão Bíblico. Nós não somos como que obrigados a ter uma espécie de paciência absoluta que nos leve até a adoecermos por causa da nossa longanimidade, mas dizer o que está errado, exortando, repreendendo e admoestando de um modo que também não leve os outros a adoecerem por causa da nossa falta de longanimidade. Vemos que Deus é longânimo na Sua essência, enquanto que a nossa longanimidade é fruto do Espírito. Em nós, a longanimidade é contra a nossa essência, mas pode ser produzida e apenas, através do Espírito Santo em nós. Sem o Espírito Santo as nossas obras não serão outras senão aquelas referidas em Gl. 5:19-21 que são: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.” O crente é chamado a ser modelo na longanimidade, para que através disso possa tornar-se em instrumento para a salvação de outros. É este também um dos deveres que o crente tem para com os perdidos que ainda não foram beneficiados com a longanimidade de Deus. (I Tm. 1:16) Se nós ainda somos pouco longânimos, assim como oramos pedindo a Deus que nos dê sabedoria para evangelizar, ensinar, etc. então peçamos que Deus nos dê longanimidade. Longanimidade no original grego - Makrothumia No grego, longânimo é uma palavra composta por duas palavras: “Makros” que significa grande ou longo, e, “Thumos” que quer dizer temperamento. Ou seja, literalmente em português diríamos: “temperamento longo”. Os dicionários definem longanimidade ou Makrothumia no grego, como a qualidade de ter auto-domínio no meio da provocação; como aquele que não se vinga facilmente ou castiga de imediato. Os comentaristas bíblicos a definem como a “mente que suporta por muito tempo, antes de dar lugar à acção ou à ira”. Esta é uma palavra rara nos evangelhos e que aparece apenas 3 vezes. Duas vezes traduzida por paciência e uma por suportar muito tempo. No entanto aparece com frequência nas cartas de Paulo, como de Pedro e Tiago. A palavra “Makrothumia” não fazia parte do grego antigo e clássico, tendo aparecido como sendo uma virtude cristã, podendo dizer-se que foi criada pelo cristianismo. Só depois desta palavra ter começado a ser usada na cultura cristã, é que o termo passou para a cultura grega. Definição e Exemplo Esta palavra significa também; “um espírito constante que nunca cederá” Em Hebreus 6:15 como em outras passagens aparece traduzido por paciência. Paciência que não quer significar “resignação” ou “acomodação”. Abraão foi pai de Isaac aos 100 anos e como nos diz Hb. 6:15, ele nunca deixou de acreditar na promessa de Deus, mesmo que as circunstancias fossem bem fortes para que ele deixa-se de crer. Esta é uma virtude exclusiva do verdadeiro crente, de nunca desistir de crer em Deus mesmo que tudo pareça dizer que o que Deus disse não vai suceder. Só o Espírito Santo pode produzir isto na vida de uma pessoa. Tiago 5:7-10 Aqui o termo é aplicado à perseverança confiante. É ter a consciência e convicção de que aquilo em que cremos vai acontecer mesmo. Não se tratando de simples teimosia, mas de FÉ. Crisóstomo, um cristão do passado que ficou conhecido na história da Igreja primitiva, definiu como longânimo aquela pessoa que poderia se vingar mas não o faz. Ser longânimo não é algo natural no homem, ou que se adquire por educação ou condicionamento cultural. É uma obra sobrenatural do Espírito Santo. Assim como somos capacitados para crer por operação do Espírito Santo, é só por Ele também que nós recebemos capacidade para revelarmos longanimidade. Para que isso aconteça precisamos andar em Espírito. Muito facilmente cada um de nós poderá tornar-se impaciente, ao ponto até de nos tornarmos frios e duros, e isto até, em nome da pureza doutrinal, ou da liturgia, etc. Alguns por causa destas e outras coisas semelhantes, chegam até a se tornarem coléricos. Não nos esqueçamos do ensino da palavra de Deus, não tentando até por vezes usar algum episódio ou passagem bíblica para justificar a nossa atitude, pois que aquilo a que somos ensinados na palavra de Deus é a sermos longânimos para com todos, e isto à semelhança do nosso Deus que foi longânimo para connosco como é para com os que são rebeldes e contradizentes. Lucas 6:35,36 Andemos em Espírito e assim não cumpriremos as concupiscências da carne, este é o conselho que recebemos da palavra de Deus. Que Deus nos ajude a sermos longânimos para assim mostrarmos que realmente somos filhos de Deus. Amén.
FRUTO DO ESPÍRITO BENIGNIDADE
Alguém escreveu este pensamento que é ao mesmo tempo uma pergunta. “ O que seria de nós, se Deus nos tratasse conforme nós merecíamos?” Tito 3:3-7 Segundo o nosso merecimento, Deus teria de nos castigar condenando-nos à perdição eterna. Mas, devido à Sua grande Benignidade, por meio do Senhor Jesus Ele nos deu a possibilidade de sermos salvos e escaparmos dessa merecida condenação. Agora que já fomos favorecidos por essa tão grande Benignidade, Deus nos chama para sermos benignos como Ele o é. Revelar o fruto do Espírito não é algo fácil ao crente e ao descrente é impossível, porque só pelo Espírito Santo se pode produzir todas essas virtudes do fruto do Espírito, entre elas a Benignidade de que vamos falar a seguir. O fruto do espírito não se vê através de manifestações litúrgicas ou verbais. Trata-se de uma manifestação de carácter, é isso que percebemos ao estudar cada uma dessas características. Definição. No grego a palavra é “chrestotes” que significa; “bom, suave, excelente, útil, benigno, não querer magoar ninguém ou provocar dor” O fruto do Espírito é um dos temas de que fala a Bíblia, mais ignorados ou esquecidos. A razão é simples. 1 – A primeira razão é a de a principal preocupação do homem incluindo o crente, serem as coisas exteriores. Existe uma inclinação em todos nós de buscarmos primeiramente aquilo que se vê ou é exterior, do qual não faz parte o fruto do Espírito. Nós gostamos de nos testar para sabermos em que nível nos encontramos seja em que área for, e o nosso interesse aumenta conforme isso possa ser notado pelos outros. Isto acontece também na área espiritual, porque o crente não é diferente das outras pessoas nas suas inclinações. Frequentemente os padrões que usamos para medir a espiritualidade de alguém é procurara ver ou saber se a pessoa não diz palavrões, não fuma, não frequenta cinemas e discotecas, não bebe em demasia… etc. Tudo isto é bom que evitemos pois não beneficia nada a nossa espiritualidade, mas o verdadeiro teste á nossa espiritualidade não é o exterior, mas sim o interior, de que faz parte o fruto do Espírito. Foi nesta armadilha que caíram os fariseus do tempo de Jesus e por causa disso o Senhor teve que repreende-los várias vezes, porque eles valorizavam mais o exterior, esquecendo o mais importante da Lei que era o interior. Jesus dizia-lhes: “deveis fazer estas coisas e não omitir as outras” Mt.23:23 Muitos hoje em dia evitam como os fariseus fazer o teste à sua espiritualidade de forma correcta que é segundo o interior, por acharem que o fruto do Espírito é uma coisa muito difícil. O fruto do Espírito exige o máximo daquilo que é o nosso carácter, enquanto que por outro lado os padrões exteriores não exigem tanto. Apesar de tudo e ainda assim é nos mais fácil evitar o palavrão, o beber, fumar, ir ao cinema ou ao baile, do que adquirir o hábito de sermos longânimos, benignos, bondosos, mansos, temperados… 2 – Por outro lado e em segundo lugar, nós tendemos a procurar outras coisas como p. ex. os dons. Apesar de lermos em I Coríntios que alguns daqueles que possuem dons podem ser carnais e imaturos, o facto é que tendemos muito mais a nos interessarmos pelos dons do Espírito que pelo fruto do Espírito, e isto porque os dons dão maior destaque à pessoa por serem do foro exterior e por também serem mais fáceis de se conseguirem alcançar. 3 – A terceira razão é o problema dos descrentes “justos”. O que significa isto? Por vezes é bastante frustrante ao crente medir o seu progresso espiritual através do fruto do Espírito, porque muitas vezes e apesar de crentes salvos, existem pessoas perdidas que exibem um nível igual ou maior que o nosso nessas virtudes, demonstrando claramente maior benignidade ou bondade e mansidão do que nós. E daí nós pensamos assim: Se existem pessoas que podem ter o “fruto do Espírito” independentemente de não possuírem esse mesmo Espírito, como vou poder determinar o meu nível espiritual? Não nos deixemos cair nesta armadilha, caindo na tentação que os fariseus caíram e muitos também caem hoje, que é de ir em busca daquilo que é exterior para assim revelarmos e avaliarmos a nossa espiritualidade. Existe uma grande diferença na qualidade destas virtudes que fazem parte do fruto do Espírito e que são produzidas pelo crente salvo e aquelas que são exibidas pelo descrente. O descrente apesar de aparentemente até demonstrar as virtudes do fruto do Espírito, ele opera por motivos, que em última análise são egoístas, pensando em si próprio e nos eu bem estar interior. Há muitos a fazerem o bem só para se sentirem bem consigo mesmos. O crente porém, quando exibe aquilo que de verdade são as características do fruto do Espírito, em última análise, elas são voltadas para Deus e para o próximo apenas. O crente ao revelar o fruto do Espírito, é resultado de estar sendo controlado pelo Espírito Santo. O descrente só pode exibir algo parecido com o fruto do Espírito a nível da capacidade humana e não do Espírito Santo. Ou seja, aquilo que o incrédulo demonstra é mero esforço humano. No crente é diferente, isso representa que é o Espírito Santo a produzir esse fruto numa medida que vai para além da capacidade humana. BENIGNIDADE OU BONDADE Entre todas as características do fruto do Espírito é entre Benignidade e Bondade que existe a maior relação, pois são as duas características que estão mais intimamente ligadas, não sendo a mesma coisa, pois de contrário Paulo não referia as duas palavras. Benignidade é depois das 3 primeiras características do fruto do Espírito, Amor, Gozo e Paz, as três primeiras características que dizem respeito ao relacionamento do crente com o seu Deus, a primeira característica que diz respeito ao relacionamento do crente com o seu semelhante. Benignidade é possuir o desejo íntimo de querer o bem do próximo, sendo a Bondade, que é a característica seguinte, a parte visível da Benignidade. Ou seja, a Bondade é a Benignidade posta na prática. Benignidade é ter um sentimento que caracterize o crente como alguém que se esforça para evitar que o mal venha sobre alguém. Não é só fazer bem, é evitar que o mal aconteça. É alguém que chora com quem chora e ri com quem ri. Nós podemos ser justos e respeitadores para com os outros sem sermos benignos. Ser justos ou educados consiste simplesmente em se retribuir ou sermos simpáticos quando nos cumprimentam ou pedem algo. Benignidade é tratar os outros com calor e viver os seus momentos bons e os maus como se fossem nossos. Há pessoas que nos respeitam e nos tratam com extrema educação, mas não se envolvem sentimentalmente connosco, nem sequer lhes conseguimos ver “os dentes”. Essas pessoas tratam-nos apenas com justiça e não com benignidade. Deus quer que sejamos justos para com todos, mas isso para Deus é pouco, Ele pede que mais que justos, sejamos benignos. Se Deus fosse apenas justo, teria de nos tratar com dureza que era o que merecíamos, mas podemos dar graças a Deus por Ele para além de justo, também ser benigno. É isso que faz com que Deus não trate os homens segundo o que merecem, mas um Deus que envia as suas bênçãos continuamente quer sobre justos como injustos. PRINCIPIOS DA BENIGNIDADE Como já foi dito, ser benigno significa ter prazer em fazer o bem, ser generoso, capaz de servir só por amor sem esperar nada em troca. Aquele amor de I Cor. 13:5 que é o amor “Ágape” e que ali é dito que o amor não busca os seus interesses, mas o que é o interesse do próximo. É sentir o desejo que o outro não sofra, não tenha problemas ou prejuízo. Fazer o que Abraão fez com Lot (Gn. 13:8,9), abrindo mão dos seus direitos dando preferência a Lot para evitar a contenda, apesar de ter todo o direito por várias razões de ser ele a decidir o que entende-se. Outra coisa que convém dizer é que benignidade jamais pode conviver com a inveja. Foi isso que levou Caim a se irar e matar Abel, não porque a sua oferta não foi aceite, mas foi essencialmente porque a de Abel foi aceite. Foi isto que fez Caim irar-se criando nele a inveja. Inveja é não querer o bem do outro, logo, é o contrário de ser benigno e é uma característica de quem é maligno. Voltando a I Cor. 13:4 lemos também que o amor não é invejoso, portanto ser invejoso é não ser benigno. Benigno não é apenas a ausência de inveja, pois poderíamos dizer que não somos invejosos e ainda assim não sermos benignos, porque o ser benigno para além de não ser invejoso deverá ser alguém com uma forte disposição de favorecer, o que significa ter acção e não apenas ser indiferente. EXEMPLOS DE BENIGNIDADE Job (29:15-17 / 31:32 Nós conhecemos Job pela sua paciência, temor a Deus e como se desviava do mal, mas vemos por estes relatos de que ele era homem benigno. David I Sm. 13: 14 Esta passagem diz-nos que David era um homem segundo o coração de Deus. Por isso um homem assim teria por força de demonstrar o carácter de Deus também na benignidade. I Sm. 26:7-10 Saúl invejava e muito a David, tendo se tornado o seu maior inimigo. No entanto, David mostrou por várias vezes amar Saúl seu inimigo, sendo benigno para com ele e teve oportunidades de se livrar dele porém não o fez. David era benigno e quem é benigno não levanta a sua mão até contra o seu maior inimigo para fazer justiça pelas próprias mãos, mas entrega tudo na mão de Deus esperando que seja Ele a fazer justiça. Efésios 4:31,32 Aqueles que foram selados com o Espírito Santo tem como obrigação o dever de revelar o fruto do Espírito. Foi este o exemplo que nos deixaram Job e David e de outros que poderíamos falar, mas acima destes exemplos aquele que deve ser o nosso maior exemplo é o que vem de Deus. É isso que diz Paulo no v. 32, que sejamos imitadores de Deus que nos mostrou a Sua benignidade perdoando-nos em Cristo, quando nós não éramos merecedores ou dignos do seu perdão. Que Deus nos abençoe e ajude a sermos benignos. Amén.
FRUTO DO ESPÍRITO BONDADE
No relato da criação em Génesis, nós vemos que Deus conforme ia criando cada coisa, no final fazia uma pausa reflectindo sobre o que fizera e diz-nos o relato que Deus classificava cada obra sua como boa. O resultado da sua acção proporcinava-lhE uma satisfação estética. A palavra bondade na Bíblia tanto se aplica aquilo que proporciona satisfação estética como moral. Bondade, portanto, tem uma dimensão moral e outra estética. Na dimensão moral significa viver de acordo como os padrões mais elevados. Na dimensão estética, podemos entender como a beleza interior. A Bondade de Deus Salmos 33:5 Aqui é dito que a terra está cheia da bondade de Deus. Quer isto dizer que a bondade de Deus está presente na sua criação e que o Universo reflecte a sua bondade. O homem de hoje apesar de toda a sua sabedoria e ciência, só conhece 5% daquilo que é o Universo, mas esses 5% já são mais que suficientes para avaliarmos da bondade de Deus. Deus fez tudo a pensar em nós sem deixar de nos oferecer tudo para a nossa felicidade. No livros de Salmos nos cap. 33:5 e 52:1 diz-nos que a bondade de Deus dura para sempre. O N.T. diz também pela boca do Senhor Jesus que bom só há um que é Deus (Mc. 10:18 Lc. 18:19). O homem só consegue produzir o bem pela presença e acção do Espírito Santo. Fora dele o homem só se inclina para a maldade e não para a bondade. No homem a maldade é natural, a bondade é espiritual. A ilustração bíblica mais completa sobre a bondade é a parábola do Senhor Jesus acerca do bom Samaritano. Um homem tinha sido assaltado e ferido, ficando na beira do caminho quase à morte. Por ele passaram 3 pessoas, entre elas 2 não eram bondosas, sendo um deles bondoso. Os outros dois passaram de lado talvez por medo, sentimento de incapacidade, devido à pressa, falta de tempo ou algum compromisso urgente…. A bondade do Samaritano libertou-o do medo ou das consequências do seu gesto, como também o livrou do sentimento de incapacidade diante de uma situação tão grave. Em suma, a sua bondade falou mais alto que os seus afazeres ou compromissos. O que nos impede de sermos bondosos é porque a bondade requer de nós que nos importemos com quem precisa de nós. Ao sermos calculistas tudo que tiver algum preço como é o caso da bondade, nós fazemos como sacerdote e o levita da parábola. A bondade não receia as consequências nem a nossa incapacidade, não pensa nos afazeres e compromissos. O crente que anda no Espírito torna-se bondoso e a sua bondade supera todos esses receios. Nenhum de nós é bom mas pelo Espírito Santo podemos produzir bondade. Como cristãos que não revelam o fruto do Espírito podemos ser comparados a frascos de perfume. Se nos mantivermos fechados nunca passaremos de frascos ainda que com perfume dentro de nós, ninguém saberá qual é o nosso cheiro. O frasco pode até ser lindo e de uma marca de prestigio, mas se queremos realmente perfumar esta terra, precisamos de nos destapar fazendo com que o nosso perfume saia para fora. É assim com o Espírito Santo. Podemos tê-lo dentro de nós, mas se o mantivermos fechado dentro de nós, não vamos produzir o fruto do Espírito de que faz parte a bondade. Como cristãos nós devemos viver andando no Espírito, devendo encher a terra de bondade, para que assim o mundo veja a bondade de Deus. Não há ninguém bom A Bíblia referindo-se ao ser humano diz que não há quem faça o bem. Ou seja, que seja bom. (Rm. 3:12) O Senhor Jesus disse ao mancebo rico que bom só há um que é Deus. (Mt. 19:17-20). Jesus não estava a dizer ao jovem que não era Deus, mas apenas a coloca-lo à prova para ver se ele descobria em Jesus algo mais que aquilo que ele lhe chamou: Bom Mestre. Para ser salvo não chega ver em Jesus um bom mestre ou algo deste género, é necessário vê-lO e reconhecer Jesus como Deus. Este foi o grande problema deste jovem e que o levou a retirar-se triste, mas ainda pior que isso, perdido. Mesmo apesar de não sermos bons, Deus pede-nos que façamos o bem. Não o bem segundo nossas capacidades, mas o bem da maneira com que Deus nos quer capacitar a fazer através do Seu Espírito Santo. Existe porém uma ordem de prioridades. Gl. 6:10 Existe uma tendência para sermos mais bondosos para com os estranhos ou as pessoas mais afastadas do nosso relacionamento. Deus porque nos conhece bem danos esta ordem de que devemos fazer bem a todos, acrescentando que devemos colocar em primeiro lugar aqueles que são os nossos irmãos na fé. Mas especifica melhor ao dizer que não é para com os da fé que estão lá longe em outro país ou continente, mas reparemos que é para com os domésticos. Domésticos, significa aqueles que estão na nossa casa, neste caso na nossa igreja e só depois os outros. 5 Sugestões ou Conselhos para Aprender a ser Bondoso 1 – Estudar a Palavra de Deus. 2ª Tim. 3:16 A versão Bíblia Viva traduz esta passagem desta forma: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver”. Portanto, devemos encher a nossa mente e a nossa vida com a palavra de Deus. Só temos duas fontes onde obter os nossos valores: o mundo ou a Bíblia. A escolha é nossa. Não basta possuir a Bíblia; é preciso usá-la, lendo-a e estudando-a. Uma Bíblia na mão vale mais que mil numa prateleira. Uma dia uma mãe encarregou os seus filhos pequenos de fazerem a limpeza e arrumação da casa. Ao mais pequeno coube fazer a limpeza do armário da sala. Entre várias coisas naquele armário este menino encontrou uma Bíblia. O menino agarrou nela e foi perguntar à mãe que livro era aquele: a mãe respondeu: “esse livro é a palavra de Deus”. Então o menino disse para a mãe: “porque não a devolvemos a Deus, já que aqui em casa ninguém a usa?” Existe muita gente assim; tem a Bíblia mas nunca a usam. Outros até dizem que a lêem, mas o problema é de não obedecerem ao que ela manda e ensina. De nada serve ter e até ler a Bíblia se não se fizer o que ela ensina. 2 – Proteger a nossa Mente A Bíblia diz e nós sabemos por experiência que o pecado tem sua origem em nossa mente. O diabo também sabe isto, por isso ele nos ataca tentando-nos. Quando nós alimentamos a tentação é questão de tempo e acabamos por executá-la. As portas de entrada da nossa mente são os olhos e os ouvidos. Quando não tomamos cuidado colocando sentinelas nestas 2 portas, vamos ser atacados e vencidos. Alguns mesmo crentes quando são avisados de que isto ou aquilo é mau, respondem cheios de presunção: “Ah! Isso a mim não me influencia nada”. Isto é mera “conversa fiada”, ou então estão a fazer do Senhor Jesus um falso ensinador. Mateus 6:22,23 O Senhor Jesus disse que os olhos são a luz do corpo e que quando nossos olhos são bons nós teremos luz, de contrário, viveremos em grandes trevas. Tomemos o máximo cuidado com estas portas da nossa mente e a melhor forma é mantendo a nossa mente ocupada com as coisas boas de que a palavra de Deus nos ensina. Fp. 4:8 Se protegermos a mente com este género de coisas, o mal não terá chance de entrar e levar a praticar o mal. 3 – Desenvolver Convicções. Quando alguém não defende alguma coisa convictamente acaba aceitando tudo. Alguém disse que quando alguém deixa de acreditar em Deus, o problema não é de apenas passar a deixar de acreditar em nada, mas de passar a acreditar em tudo. Há pessoas e algumas que se dizem cristãos que se orgulham de ter e querer ter uma mente totalmente aberta. Por causa disto eles passam a ter opiniões e não convicções. Opinião é algo que defendemos e discutimos. Convicção é algo pelo qual sofremos, se necessário, morremos. Romanos 12:9 O cristão deve ser afirmativo e sem “meias tintas” ou meios termos. Não poderá fazer acordos com o mal, mas deve odiar o mal e fazer o bem. Isto pode custar-nos caro algumas vezes, mas o apóstolo Pedro diz-nos na sua 1ª carta 2:19,20 que é melhor sofrer por fazer o bem, do que por fazer o mal. 4 – Coragem para ser diferente. (não sendo aquilo que se entende por normal) 3ª João 11 - “Não imiteis o mal…” Um dos nossos grandes problemas é o medo de sermos diferentes. Perante um grupo de amigos ou colegas descrentes, geralmente e se não formos corajosos, acabamos por imitá-los fazendo o que eles fazem, falar como eles falam, vestir como eles vestem… por isso é que a palavra de Deus nos aconselha a não nos determos no caminho dos pecadores nem nos assentarmos na roda dos escarnecedores, mas a meditar na Lei do Senhor de dia e de noite. Seguir a Cristo requer muita coragem. Lembremos a coragem do 3 amigos de Daniel que no meio de uma grande multidão e sob a ameaça de serem lançados vivos numa fornalha, mesmo assim não se inclinaram diante da estátua de Nabucodonozor. Precisamos estar assim prontos a nunca ceder quando se trate de nos quererem fazer negar ou desonrar o nosso Deus. Usando uma ilustração, o cristão não deve ser como um termómetro, mas ser como um termóstato. O termómetro apenas regista a temperatura reflectindo se o ambiente está quente ou frio. O termóstato por sua vez, controla a temperatura; influenciando o ambiente. O cristão terá de fazer a diferença para melhor. Foi assim desde sempre e ainda é assim hoje. Muitas vezes fazer a diferença custou a vida a muitos, como no tempo do Império Romano, durante a vigência dos regimes comunistas, presentemente em tantos dos países islâmicos onde declarar-se cristão é punido com perda da liberdade e até morte. Para fazer a diferença é preciso muita coragem. Procuremos ser corajosos que no nosso caso não e no país em que vivemos não é necessária assim tanta, mas se não tivermos um mínimo de coragem nunca mostraremos ser diferentes. 5 – Manter Comunhão com os Irmãos na fé. Em Hebreus 10:25 manda que não deixemos de nos reunir na nossa congregação, antes, que nos animemos uns aos outros. A igreja local é um apoio necessário ao crente. A nossa comunhão com os irmãos destina-se ao encorajamento, para que vivamos uma vida santa num mundo pecaminoso. Deus prometeu proteger-nos do mal, e um dos meios mais poderosos que Ele utiliza é a igreja. Isto é importante e fundamental. Não pensemos que Deus se enganou quando formou a Igreja e deu instruções para o seu funcionamento. Por vezes parece que alguns que se dizem crentes pensam que Deus se enganou ao instituir a Igreja. Uma crente certa vez adoeceu e foi ao médico. Depois da consulta o médico disse à senhora: “agora vá para casa, fique em descanso e não saia durante 1 mês. A senhora questionou: “mas Sr. Doutor e a minha igreja?” Disse o médico: “ a igreja pode passar bem sem você.” Mas a senhora respondeu: “eu sei disso; mas eu é que não consigo passar sem a minha igreja.” Esta devia ser sempre a nossa forma de pensar. Só em total impossibilidade é que nós deveríamos deixar de estar na igreja quando ela se reúne. Alguns à mínima coisa faltam à igreja, e porque não sabem o valor da bênção que Deus tem para eles, acham que nada perdem. Porém pelos mesmo motivos não faltam ao trabalho ou outros compromissos porque dão maior valor ao dinheiro ou aos amigos, que a Deus e à igreja. Pensemos num exército. Nós nunca vemos soldados a lutarem isoladamente. Eles estão sempre agrupados, ou em guarnições ou em batalhões, esquadrões etc. eles sabem que precisam uns dos outros e que só assim serão mais fortes. Se nós sabemos que no mundo em que estamos é inimigo, porque razão alguns crentes optam por viverem isolados? Será que gostam de ser derrotados? Diante de tão grande inimigo só venceremos se lutarmos unidos e em conjunto. A verdadeira vida cristã é muito difícil e por isso nós necessitamos de armas e meios de apoio para a vivermos como Deus quer. Par isso é fundamental observar estes 5 conselhos, que são, conhecer bem a palavra de Deus, proteger bem a nossa mente, desenvolver convicções fortes, criar coragem sendo diferente deste mundo. Para isso necessitamos estar em comunhão com outros irmãos na fé para assim darmos e recebermos apoio e encorajamento. Que Deus nos ajude a sermos diligentes e fieis nas coisas do Senhor. Desta forma seremos também bondosos. Amén.
FRUTO DO ESPÍRITO FÉ – FIDELIDADE
Fé, grego “pístis”.lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa; compromisso, honestidade, fidelidade. Vou citar algo que li algures que explica de alguma maneira a razão de se nomear esta característica do fruto do Espírito de fidelidade em vez de fé. Passo a citar: “A Bíblia fala de alguns tipos de fé: fé natural, fé para a salvação, fé como dom espiritual, finalmente, fé como um dos aspectos do fruto do Espírito. A edição da Bíblia J. F. de Almeida Actualizada utiliza a palavra “Fidelidade” com o mesmo significado. Neste caso o termo designa uma fé provada como elemento moderador do carácter cristão. É aquilo que no dizer que Pedro escreveu na 1ª carta 1:7. “Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provada pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo”. Fé que não conduz o cristão à fidelidade é de nenhum valor para a vida cristã prática. Por este motivo é que algumas versões nos aparece a palavra fidelidade e noutras fé. A fé e a fidelidade estão entrelaçadas de forma indissociável. Aquele que tem fé também é fiel, o que não tem fé nunca poderá ser fiel. A fé de que habitualmente se fala está relacionada com crença, e os estudiosos do original concordaram que o sentido que está aqui associado no original é o de fé fidelidade, além de que a fé crença não é efeito do fruto do Espírito, mas faz parte como nos ensina o N. T. dos dons concedidos pelo Espírito Santo. (I Cor. 12:4-9) O que é fidelidade? 1 – O termo original grego é “pístis”, e que na maior parte das vezes no N.T., significa fé. Neste sentido faz parte das 3 grandes virtudes teológicas que são o amor, a fé e a esperança. Porém o fruto do Espírito é de sentido ético, ou seja, é de carácter, e não de crença. Então, quando “pístis” é usado no sentido ético, a tradução passa sendo fidelidade, confiabilidade e lealdade. A pessoa “pístis” é uma pessoa honesta e confiável. Exemplos bíblicos: Tito 2:10 A fidelidade é mostrada como uma virtude que é oposta à desonestidade, sendo uma das características do cristão. Mateus 23:23 A fidelidade não pode ser substituída pela liturgia (rituais religiosos) como pretendiam os fariseus. Aqui nós encontramos o termo traduzido por fé, mas em que fidelidade estaria mais de acordo com o contexto, já que justiça e misericórdia são conceitos éticos assim como a fidelidade, devemos entender a fé aqui referida como fidelidade. Os fariseus eram muito ritualistas, esquecendo uma parte mais importante da sua vida espiritual que eram estes 3 elementos que Jesus lhes recorda, a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Ap. 2:13 A fidelidade deve ser exibida nos tempos de crise. Ser fiel em circunstancias favoráveis é possível a qualquer um. A igreja de Pérgamo apesar de ter recebido alguns reparos foi elogiada pela fidelidade, mas a sua fidelidade se tornou mais apreciada porque sob perseguição e por se encontrar em local muito adverso, soube manter essa fidelidade. Há muitos que desanimam logo diante das primeiras dificuldades. Isto deve-se á sua carnalidade em que vivem devido à falta do Espírito a produzir o Seu fruto na sua vida. Existe ainda o adjectivo “pístos” “leal”, “fiel”. Esta é uma exigência para o cristão e muito particularmente aos que servem na igreja ou na obra de Deus. (I Cor. 4:2 Mt. 24:45,48,49 Lc. 16:10) Na obra de Deus não existe lugar para desonestos, quer seja na área material, quer espiritual. Há muitos hoje como houve no tempo de Paulo e através dos tempos que aproveitam para tirar proveito próprio à custa do evangelho e do nome de Cristo, isto não é fidelidade, e como diz Lc. 16:10: esta fidelidade deve surgir a partir das mínimas coisas. Paulo apresentou este adjectivo “pístos” como a grande qualidade dos seus colaboradores. Timóteo – I Cor. 4:17 Tíquico – Ef. 6:21 Epáfras – Cl. 1:7 Onésimo – Cl. 4:9. Esta é uma qualidade essencial para o crescimento e expansão do evangelho. Devemos ser honestos nos negócios, para com as pessoas, como também na forma como servimos na obra de Deus e que no fundo representa e ilustra aquela que é a nossa fidelidade para com o Senhor. Temos exercido a fidelidade? Chamados para dar fruto. A questão do fruto nas Escrituras é algo de exigido da parte do crente.Alguns que se dizem crentes vêem esta questão como algo opcional, ou então como não sendo para todos, mas que é destinado para os líderes e os que tem responsabilidade na igreja, ou então vêem isto de uma forma vocacional de uma chamada particular da parte de Deus. Todas estas perspectivas são completamente erradas. A Bíblia neste assunto não faz esta distinção entre crentes. O Senhor Jesus falando aos discípulos em João 15:16 dizia-lhes: “… eu vos escolhi a vós, e vos nomeei para que vades e deis fruto…” Isto que Jesus disse aos discípulos aplica-se aos crentes em geral. Segundo o ensino das Escrituras todo o cristão é chamado a dar fruto e a dar fruto em abundância. João 15:2,4 Rm. 7:4 Pouco antes de Jesus ter falado isto aos discípulos Ele foi radical dizendo que se não dermos fruto para nada servimos, sendo cortados e lançados no fogo. João 15:6 O fruto está relacionado com o que somos. Porquê a Bíblia dá tanta importância a esta questão do fruto? A razão é a de que o fruto que produzimos revela aquilo que somos. Foi o próprio Senhor Jesus quem disse: “ pelos seus frutos os conhecereis” Mt. 7:16,20. Ao olharmos para certas arvores quando elas não tem fruto temos dúvidas sobre que género de arvores são, mas sendo época de fruto e ela o mostra essa dúvida torna-se certeza de que espécie de arvore é essa. Disto nós concluímos que o fruto que produzimos através do Espírito Santo está relacionado com a nossa fidelidade. A ausência de fruto revela a nossa falta de fidelidade. Mat. 25:14-30 Nesta parábola é salientado por Jesus que o mau e infiel servo foi o que não deu fruto. Pensar em fidelidade sem fruto é religiosidade oca, vazia, ineficaz e enganadora. Dimensões da Fidelidade Uma das ilustrações que melhor nos ajuda a entender a dimensão da fidelidade que Deus espera de nós é a figura do atleta praticante de atletismo. No atletismo uma das corridas mais curtas são os 100 metros, a mais longa é a maratona, 42 Km. e alguns metros. Os atletas que correm os 100m. são os velocistas rápidos. São corredores de explosão. Eles tem de começar a correr quase no seu máximo e alcançar o máximo apenas em 9 segundos. O maratonista é um corredor de regularidade e resistência. Se um maratonista começa rápido acabará por ter pouca probabilidade de chegar ao fim da corrida. A vida cristã pode ser comparada a estas duas corridas. No inicio a vida cristã começa com grande força, a força revolucionária da salvação. Dá-se uma transformação rápida e um grande entusiasmo. No entanto, após esta fase o prosseguimento deve assemelhar-se a uma corrida de maratona, corrida que requer muita persistência e resistência, ou seja, fidelidade. 3 Qualidades da Fidelidade Uma vida de fidelidade é marcada por algumas qualidades, de entre elas estas três: 1 – Exclusividade Deus é um Deus exclusivista. Nas religiões pagãs e idólatras permite-se adorar vários deuses ao mesmo tempo e em separado. No que respeita ao Deus de Abraão Isaque e Jacob, que é também o nosso Deus, isso não é possível. Para se seguir e adorar este Deus terá de se fazer uma escolha e uma escolha e inequívoca. Josué 24:14,15 É este o tipo de fidelidade que Deus exige de todos nós, fidelidade exclusiva, significa que só devemos servi-lO a Ele. Também o Senhor Jesus foi claro quanto a isto quando disse que não se pode servir dois senhores, porque se há-de amar um e aborrecer o outro e Deus não aceita repartir Sua glória com mais ninguém. 2 – A Verdade Para se ser fiel terá de se ser verdadeiro. Não apenas parecer, mas ser verdadeiro de verdade. A nossa oração diária deverá ser semelhante à do salmista, Sl. 26:2 / 139:23. Se orarmos assim estamos a pedir ao Senhor a que nos mostre as nossas intenções mais intimas, para que assim nada exista em nós que não seja transparente não só diante do Senhor, mas aos olhos de todos, mesmo daqueles que estão mais perto de nós. Seja esposa, marido, filhos, familiares, irmãos na fé etc. A nossa vida deve ser pautada pela verdade. 3 – Regularidade Na vida cristã existem muitos que oscilam entre a euforia e a apatia. As oscilações são demonstração de infidelidade. Há pessoas dentro das igrejas que tão depressa parecem vendavais, como de repente desaparecem. Alguns desejam e assumem com entusiasmo alguma responsabilidade, mas que pouco depois deixam de dar prosseguimento. Fidelidade é regularidade, não olhar atrás ou desistir. Não adianta até lermos a Bíblia toda num mês e depois nunca mais lhe pegar. O crescimento espiritual vem com a leitura constante e meditativa anos após anos. Os irregulares pouco produzem. Quando produzem algo, logo destroem o que fizeram. Os fieis muito embora por vezes discretos são persistentes, e esforçando-se por realizar aquilo de que Deus os incumbiu. Conclusão. Ap. 2:10 Deus convida-nos a sermos fiéis até à morte. Nós ouvimos com frequência os jogadores e treinadores de futebol das equipas que estão em primeiro lugar, dizerem que ainda não ganharam nada pois o campeonato não acabou, e isto é verdade. O verdadeiro crente porém já ganhou tudo - a salvação. Contudo a fidelidade consiste em permitir que a salvação opere em nós a alegria no presente mesmo antes de ter entrado no gozo plenos desta salvação. Que a nossa resposta ao convite de Deus seja aquela dada por Israel a Josué: “Ao Senhor Deus, serviremos e obedeceremos à sua voz”. Amén.
FRUTO DO ESPÍRITO MANSIDÃO
Gálatas 5:22 Nos dias que correm defender uma causa ou um ideal implica ser violento usando até o terrorismo. O N.T. fala diversas vezes de que o cristão está numa luta e numa guerra constante, estando rodeado de muitos e fortes inimigos. Vendo as coisa de forma literal e física, o cristão não poderia ser manso, mas a palavra de Deus exorta à mansidão e a viver pacificamente fugindo dos conflitos. Em Ef. 6:12 diz que a luta do crente não é contra a carne o sangue (pessoas) mas que é uma luta espiritual contra inimigos espirituais. Mansidão no sentido Bíblico não significa passividade. Cristianismo autentico tem de ser activo e lutador, sendo em tudo semelhantes a Jesus que sempre lutou não contra pessoas mas contra os conceitos e as ideias que eram erradas. O cristão na pode nem deve ser violento, a sua única arma deverá ser a persuasão. Mansos mas lutando e agindo de acordo com aquele que são os princípios Bíblicos. Muitas passagens do Novo Testamento ensinam que os seguidores de Cristo precisam remover o mal de suas vidas. Temos que crucificar a carne ". . . com as suas paixões e concupiscências" (Gálatas 5:24). Algumas vezes, as pessoas não entendem tais instruções e pensam que a vida de um cristão é vazia, despojada de todo o prazer. Mas Deus não tem intenção de deixar um vazio, de tornar nossas vidas sem significado. Quando ele nos diz que precisamos remover o pecado, ele também nos mostra outras coisas ¬ que são muito melhores ¬ para encher nossas vidas e fazê-las mais ricas. Por exemplo, quando Paulo disse a Timóteo: “Foge, das paixões da mocidade”, ele imediatamente acrescentou esta instrução positiva para encher o vazio: "Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor" (2 Timóteo 2:22). Ele tinha que remover o mal, mas imediatamente lhe foi dito que pusesse o bem no seu lugar. Gálatas 5:19-21 torna esta distinção muito clara. Precisamos crucificar a carne, removendo suas obras de nossas vidas. Mas Paulo não parou aí. Ele continua essa lista de obras proibidas com uma descrição do "fruto do Espírito" (versículos 22-23). Aqueles que vivem no Espírito devem andar no Espírito. Devemos desenvolver cada uma destas qualidades como uma parte de nossa personalidade. O fruto do Espírito tem que ser produzido na vida de cada seguidor de Cristo. DEFINIÇÃO DE MANSIDÃO O idioma Grego, no qual foi escrito o Novo Testamento, é uma língua precisa e muito expressiva. Quando os gregos desenvolveram essa palavra dando uma ilustração do seu significado. A Palavra mansidão significa literalmente: “Poder sob controle”. A ilustração correspondente é a de um animal poderoso, mas completamente domesticado, amansado. O cavalo que aceitou freios ou o cão treinado para atender à voz do dono. A água que está sob controle pode correr através das turbinas de uma barragem e gerar electricidade para uma cidade. Se a mesma água estiver descontrolada poderá destruir tudo o que estiver no seu caminho. Assim sendo, quando pensarmos em mansidão pensemos em “Poder sob controle”, controle da ira e das emoções debaixo do domínio de Deus. 1. O USO SECULAR DA PALAVRA No grego secular, praotês e derivados são usados a respeito de palavras que acalmam a pessoa irada ou amargurada. Na obra Leis, Platão fala de uma criança que, assustada, pede a um médico que a trate com praotês. Aristóteles disse que praotês é o meio termo entre orgilotês, a ira descontrolada, e aorgesia, a falta de ira. É um equilíbrio entre ira e apatia. 2. O USO NO NOVO TESTAMENTO EM CONJUNTO COM OUTRAS PALAVRAS Praos é usado em conjunto com ágape (“amor”). Em 1Coríntios 4.21, a palavra foi traduzida por “mansidão”. Amor e mansidão caminham juntos. (com brandura, carinho, mas fazendo o que devia ser feito) Em Efésios 4.2, praos, “mansidão”, aparece junto com “humildade” e em Colossenses 3.12, com “humildade” e “longanimidade”. Mansidão é uma virtude que se acha junta com outras. Deve estar na vida de um cristão. (não existe isolada) 3. “PRAOS” COMO RECOMENDAÇÃO PARA O CRISTÃO (1) Devemos ter espírito de praos para receber a Palavra: Tg 1.21. Há quem goste de consolo e promessas, mas não de correcção e exortação. Devemos ter espírito manso para aceitar. (2) É com um espírito de praos que devemos corrigir os outros: Gl 6.1 e 2Tm 2.25. Há gente que não corrige, agride. (3) Devemos usar de praotês no testemunho: 1Pedro3.15. (4) Deve ser o espírito em que se desenvolve toda a vida cristã: Tiago 3.13. Esta atitude cristã vale mais que o nosso exterior. 1Pedro 3.3-4. Não basta cuidar do corpo, é preciso cuidar do interior. Nossa vestimenta mostra nosso jeito cultural. Nosso interior mostra quem somos. Precisamos ter o interior domesticado para ter relações domesticadas. Segundo palavras de um teólogo inglês: “O significado de praotês é o auto- controle. É o controle completo de nossa natureza impetuosa. Quanto temos praotês tratamos as pessoas com cortesia perfeita, podemos repreender sem rancor, podemos debater sem intolerância, podemos enfrentar a verdade sem ressentimento, podemos irar-nos sem pecar e podemos ser mansos sem sermos fracos”. É ter uma natureza domesticada pelo Espírito Santo. É uma manifestação do fruto do Espírito, é ser controlado por Ele. Mansidão é uma das características do fruto do Espírito. A mansidão é um dos mais doces aspectos do carácter do Senhor Jesus. (Mt. 11:29) MANSIDÃO E IRA A mansidão não deve ser confundida com medo de lutar, covardia ou passividade perante as dificuldades e contrariedades. Jesus era manso mas também um homem de dores e experimentado na acção. Como fruto do Espírito a mansidão é possuir a capacidade de resignar-se diante do sofrimento e da oposição seja de que espécie for, de manter a calma e serenidade sem responder e reagir no meio da perseguição ou injúria. Não é também sinal de fraqueza, pelo contrário, é sinal de manifesta força de carácter. Em situação de grande pressão e contrariedade o mais fácil é explodir em ira. Ser manso requer grande capacidade e força interior. Para os mansos existem muitas promessas de bênçãos que os iracundos não irão ter. Ao contrário de Deus, os grandes do mundo desprezam a mansidão. Todos eles desde sempre consideram a mansidão como moleza e fraqueza. Mansidão segundo Deus não é fraqueza mas a verdadeira força que pode ser vista e comprovada na sua maior expressão através do exemplo do Senhor Jesus durante seu ministério. A mansidão no conceito de Deus não é apenas ausência de ira. O cristão deve ser manso podendo ainda assim irar-se mas somente com um único tipo de ira que a Bíblia define de ira justa, como a que foi exercida pelo Senhor Jesus ao expulsar os vendilhões do templo, e que é aquela de que Paulo fala em Ef. 4:26. Deus é manso como ninguém, mas também se ira. O Senhor Jesus que foi e é manso, que suporta e tolera todos os insultos e blasfémias contra a sua Pessoa, um dia como está escrito, virá para julgar com grande ira todos aqueles isto fizeram. Esta será uma ira justa e santa de que ninguém o poderá acusar. Os homens muitas vezes dizem que Deus sendo amor jamais irá punir ou castigar alguém ao inferno porque isso seria demasiado cruel e que iria contradizer que Deus é amor. Eles esquecem voluntariamente que Deus é justo e que essa sua justiça terá de ser exercida e executada ou então Deus também deixaria de ser justo. O Senhor Jesus perante todas as acusações e ofensas que lhe foram feitas não abriu a sua boca. Diante das agressões físicas e quando o levaram para o crucificar, Ele estendeu os braços sem oferecer alguma resistência, tendo a seguir pedido ao Pai que lhes fosse perdoado, mas virá o dia em que todos os que cometeram tais actos e não se arrependeram irão ser punidos não se podendo dizer que isso não é justo. A mansidão do cristão deve por isso estar associada à coragem podendo irar-se com equidade e sendo necessário. Ex. II Cor. 10:1,4-6 – Gl. 1:9. Devendo como cristãos mostrar mansidão sem ira em tudo o resto. II Tm. 2:25 – I Pd. 3:15. O cristão deve estar pronto a resistir aos que se levantam contra a verdade de Deus com altivez, como o de usar de toda a mansidão para instruir os que enganados e por ignorância resistem, como para com os que procuram conhecer mais acerca da nossa fé. A MANSIDÃO DE MOISÉS Ser manso de acordo com a interpretação bíblica é ser como Moisés. (Nm. 12:3) Moisés nunca procurou atrair a atenção ou fazer tudo sozinho. Ele considerava os outros de uma tal maneira que quando Josué pensando que o lugar de Moisés estava a ser usurpado porque Eldade e Medade estavam profetizando no arraial, quando o foram dizer a Moisés, Josué disse a Moisés que lho proibissem (Nm. 11:26-29), tendo Moisés respondido: “deixa-os, quem dera que todos profetizassem”. Moisés nunca se impôs como líder ao povo, mas foi Deus quem o fez, dando-lhe autoridade e poder para tal. A mansidão deverá ser uma característica visível na vida do cristão. Ser o inverso que é ser orgulhoso ou teimoso querendo sempre fazer prevalecer a sua vontade e ideias mesmo quando errado não é possuir bom espírito cristão. Se Deus considera Moisés como homem manso classificando-o até como o homem mais manso da terra, alguém pode perguntar que dizer desse mesmo Moisés que matou um egípcio e que diante daquela enorme manifestação de idolatria do povo se irou e quebrou as tábuas da Lei e destruiu aquele bezerro? 1 – Quando Moisés mata aquele egípcio, ele ainda estava no velho homem, não tinha ainda tido uma experiência com Deus como aquela da sarça ardente. (Ex. 2:12) 2 – No que respeita à sua atitude diante da atitude inqualificável do povo de trocar o seu Deus por um bezerro de ouro, Moisés como fez o Senhor Jesus ao expulsar os vendilhões do templo, agiu pelo zelo das coisas do Senhor, sendo esta uma ira considerada santa ou justa. Ex. 32;19 3 – Moisés teve ainda o infeliz episódio de ter batido na rocha em vez de falar como Deus ordenara. Esta foi uma falha como a que todos têm, pois nem Moisés era perfeito, nem tão pouco Deus foi tolerante com Moisés apesar de ele ser quem era, mas para Moisés ficou bem cara esta falha. Tenhamos por isso cuidado com a maneira como levamos a palavra de Deus. Nm. 20:8 Que nós, que amamos o Senhor e que desejamos ser semelhantes a Ele, que sejamos sempre achados em "humildade e mansidão"; "modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens" (Ef.4:2; Tt.3:2). Porque bem-aventurados são os mansos. Procuremos viver em mansidão seguindo o exemplo do Senhor Jesus. Amén.
FRUTO DO ESPÍRITO TEMPERANÇA
Gl. 5:22 – Prov. 25:28 Temperança: no grego “egkrateia”, significa auto-controle. Uma referencia à auto-disciplina que o cristão precisa ter em sua vida. O apóstolo Tiago diz-nos que todos nós tropeçamos em muitas coisas e que quem não tropeça é porque é perfeito, e então poderoso para refrear todo o seu corpo. (3:2) Conforme Tiago, só alguém perfeito poderá ter esta capacidade para se controlar. Paulo escrevendo a segunda carta a Timóteo 1:7 diz que Deus nos deu espírito de poder, de amor e moderação (temperança). Em Gálatas 5:16 diz que andando no Espírito não cumpriremos os desejos da carne. Isto significa que se pode ter domínio sobre si próprio, não que sejamos perfeitos, mas por acção do Espírito Santo, porque Ele como Deus é perfeito podendo conceder-nos esse poder de temperança. Pela nossa força existe uma grande dificuldade em exercermos domínio sobre a nossa natureza, mas através do Espírito Santo torna-se uma tarefa relativamente fácil. A temperança é a força que nos ajuda a rejeitarmos o mal. Sem o fruto do Espírito de que faz parte a temperança passamos a desenvolver um cristianismo apenas teórico, sem vida prática, vazio e que não atrairá ninguém para Cristo. Temperança capacita-nos não apenas a resistir aquelas coisas que declaradamente são pecado, como a dominarmos as nossas acções nas mais diferentes áreas, como o falar são e adequado e na hora certa, o vestir, nas emoções, como nos inúmeros impulsos vindos do nosso interior como os provocados pelo exterior. Só vivendo sob controle do Espírito Santo conseguiremos marcar a diferença. Sem isto, a nossa vida será igual à de qualquer outra pessoa. Nos nosso dias a palavra temperança é bastante problemática. Crianças, jovens e mesmo idosos resistem em aceitar limites no que quer que seja. A sociedade através dos mais variados meios vem transmitindo valores e até ensino de que a felicidade do ser humano decorre de se conseguir passar do limite e da disciplina que receberam. A ideia que vem prevalecendo na nossa geração é a de que o auto-controle torna a pessoa vazia de felicidade e prazer. Importa é ser feliz. Muito frequentemente ouvimos dizer que o que é preciso é viver a vida em toda a sua adrenalina, sem estar a pensar no que virá depois. Depois tudo se resolve, o mais importante é o presente. Apesar disto, a palavra de Deus continua a advertir-nos a que não permitamos que o pecado e os excessos dominem sobre nós, mas que sejamos nós a ter domínio sobre nós e sobre o pecado. O SENTIDO DE DOMINIO PRÓPRIO O apóstolo Paulo dava muita importância ao termo “egkrateia” (domínio próprio), usando-o algumas vezes em sentidos diferentes. Em I Cor. 9:25, o termo foi usado como uma virtude que o atleta deve possuir, sabendo disciplinar o seu corpo para conseguir a vitória. No cap. 7:9, trata-se da capacidade que o cristão deve ter em controlar a sua sexualidade, que é uma área importante na pureza física e espiritual. O apóstolo Paulo pretendia transmitir que só aquele que se auto-domina consegue impedir ser dominado por algo, sejam vícios, desejos, sentimentos , vaidade ou paixões, mas que é ele quem os controla através da força que lhe concede o Espírito Santo. Todo o homem tem capacidade para dominar quase tudo até os animais mais ferozes, porém ele não consegue realizar isso quando se trata de dominar-se a si mesmo. Ainda que o desejo de fazer o bem esteja no homem, ele não o consegue fazer, pois como aprendemos com Paulo, no homem não habita bem algum, e que embora o querer o bem seja seu desejo, não existe no homem a capacidade para o efectuar. (Rm. 7:18,19) DOMINANDO OS NOSSOS DESEJOS Alguém ensinou que nós somos aquilo que pensamos. O Senhor Jesus ensinou que nós somos aquilo que desejamos. Mat. 6:21 O Senhor Jesus disse: “onde estiver o vosso tesouro (desejo), aí estará o vosso coração”. Podemos ter desejos legítimos como ilegítimos. Nem todos serão pecaminosos. No entanto, até os legítimos se eles nos controlarem, passarão a ser pecaminosos. p. ex. comer ou beber por si não é pecado, mas se eu bebo e como em excesso não me conseguindo controlar, isso passou a ser pecado. Há tantas outras coisas que eu posso fazer e que não são pecado, mas se por causa disso eu deixo de cumprir os meus deveres para com a família, a igreja e Deus, eu estou a ser controlado por essas coisas, isso tornou-se pecado. Muitas vezes temos desejos de coisas que nos são necessárias como outras que são supérfluas, sendo os nossos desejos na maioria das vezes por coisas que nem nos fazem falta alguma. Esse tipo de desejos por vezes nos controlam de tal modo que nos tornamos em viciados do desejo. Quando isso nos acontece precisamos urgentemente de pedir ao Senhor que nos dê auto-dominio. TEMPERANÇA DIANTE DAS CIRCUNSTANCIAS Para além dos sentimentos e dos desejos que nós podermos controlar melhor ou pior, temos ainda as circunstancias, que são aquelas situações que nós não criamos, mas que surgem inesperadamente e nos atingem. As circunstâncias acontecem sem que estejamos à espera, enredam-nos e provocam desanimo ou aborrecimento. Nessas ocasiões podemos perder o auto-controle e ter reacções impróprias, seja desespero, ira, violência, etc. O tipo de reacção que tivermos irá mostrar se temos o controle ou se estamos a ser controlados pelas circunstancias. Podemos sentir-nos pequenos diante das circunstancias, mas devemos pensar sempre que o nosso Deus, Ele, é maior que a maior das circunstancias. Precisamos aprender a lidar com as circunstâncias. Devemos fazer o nosso melhor para alterar aquelas que nós podermos. Diante das que não temos poder para alterar, temos de saber conviver com elas, entregando-as na mão do Senhor para que Ele as resolva da maneira e no tempo que for da Sua vontade, para que assim elas não nos dominem, bloqueando-nos e impedindo-nos de prosseguir em frente. COMO TER AUTO-DOMÍNIO 1 – Procurar conhecermo-nos o mais possível a nós próprios. O nosso maior obstáculo muitas vezes somos nós mesmos. Temos tendência a não percebermos como somos. Sabemos bem ver os defeitos do outro, mas facilmente ignoramos ou desconhecemos os nossos. Se nós aprendermos a nos conhecermos bem a nós mesmos, será muito mais fácil sabermos quais são os nossos pontos mais fracos, podendo assim utilizar o método mais aconselhável para nos dominarmos melhor. 2 – Aprender a tomar atitudes diferentes. A ideia de pensarmos que nascemos assim e assim vamos morrer, é uma ideia errada, incorrecta e imprópria de um cristão. Se reconhecermos que uma determinada área do nosso comportamento não é correcta, procuremos mudar, não nos conformando em ser assim. Mudar pode ser difícil mas possível, mas só quando tentarmos. Além do mais contamos com um apoio que é imbatível, o apoio do Senhor por meio do Seu Espírito. 3 – Valorizar a auto-disciplina. Só conseguiremos alcançar os objectivos a que nos propomos, sendo disciplinados. Se eu hoje faço uma tentativa para mudar alguma coisa que está mal e fracassei, não conseguindo, eu não devo desistir, devo ser disciplinado e insistir. Talvez seja preciso eu tomar medidas mais radicais, mas tenho de insistir em alcançar o meu objectivo. O Senhor Jesus quando disse que, se o nosso olho nos escandalizar devemos arrancá-lo, Ele estava a dizer que precisamos ser mais fortes que o nosso corpo. Só assim vamos ter o controle sobre nós. 4 – Deixemo-nos conduzir pelo Espírito Santo. Tudo começa e termina aqui. Tudo o que fizermos acabará em fracasso se não tiver isto como alicerce. Tudo que diga respeito ao espiritual só será alcançado e conseguido se permitirmos que o Espírito Santo nos conduza. O cristão tem a promessa de poder produzir o fruto do Espírito, mas ele tem total liberdade dada por Deus para rejeitar produzir esse fruto. É como se alguém nos desse uma caixa de bombons, mas nós em vez de os comermos, deitamo-los fora. Podemos recusar as promessas de Deus, o prejuízo será nosso, pois iremos sofrer e acabar por passar por situações e problemas que seriam evitáveis, e o pior ainda é de não darmos aquele testemunho que Deus quer e pede para darmos. 4 Características da Temperança (I Cor. 9:24-27) 1 - (v.24) Uma vida com objectivos definidos. Para que o cristão possua uma vida de temperança (auto-controle) deverá ter objectivos bem definidos. O atleta corre ou luta com um objectivo; vencer. A razão porque muitas pessoas fracassam na área do domínio próprio, é por falta de alvos ou motivos para se disciplinarem. Precisamos ter objectivos na nossa vida. Isto aplica-se na vida secular, como na vida espiritual. 2 – (v.25) Uma vida disciplinada. O atleta que leva a sua vida de desportista a sério, só conseguirá ser verdadeiro atleta se desenvolver o seu domínio próprio. Ele precisará de treino, treino esse que requer disciplina dura e rígida. Como cristãos nunca seremos bons cristãos se não tivermos vidas disciplinadas. Só com disciplina se alcançam objectivos. 3 – (vs.25b,26) Uma vida de total concentração. O atleta necessita estar concentrado ao máximo. A sua mente terá de estar totalmente focada na competição e no prémio, ou seja, na vitória. O atleta que se concentra e se dispõe a fazer tudo para vencer, não tem qualquer problema em dizer não às coisas que o prejudicam, que o desconcentram ou impedem de vencer. Se o atleta olhar ao que lhe proporciona prazer momentâneo, acaba por não se preparar ao seu melhor para a competição e no dia da corrida ou da luta não conseguirá dar o seu melhor, podendo isso ser fatal. Nós como cristãos precisamos tomar por exemplo o atleta de alto nível, concentrando-nos nos nossos objectivos, renunciando a muitas coisas que até podem ser licitas mas que não convém ou edificam, mas que estragam a nossa concentração no alvo a atingir, por isso devemos evitar. 4 – (v27) Submissão ao treinador e ao seu plano. O atleta de alta competição precisa ter um treinador. Ninguém se treina a si mesmo se quer ter bons resultados. Para ser um bom atleta precisa de um bom treinador, dando ouvidos a esse treinador e aos seus conselhos. A única forma de obtermos a temperança é submetermo-nos ao controle do Espírito Santo. Ele é o nosso treinador pessoal, que nos ensina e corrige e também nos encoraja naquele momentos de maior desânimo. Que sigamos esta 4 regras do atleta e por certo que produziremos o fruto do Espírito do qual faz parte a temperança. Que o Senhor nos ajude a ter e a mostrar cada vez maior temperança. Amén.
Adaptado de vários escritos por Carlos A. Oliveira Janeiro de 2008